Eng. António Brotas
Caro Camarada,
Creio ter compreendido, na carta que escreve a Helena Roseta, que a sua luta passou da contestação ao absurdo das políticas públicas ministeriais, para o modelo de como se deve abordar a discussão da coisa pública ao nível dos vereadores.
A sua memória para o que lhe disseram “engenheiros” é um prodígio pedagógico contra o disparate.
É moralmente gratificante para a minha pessoa verificar que ainda existem militantes socialistas coerentes com o postulado de pensar que os outros só não tomam as melhores decisões por ignorância. Vai daí, o meu caro Prof. insiste, e eu creio que é totalmente sincero, no entanto, eu não ofereço mais o corpo ás balas.
Explicitando: o seu capital técnico e político, coerência cívica, se nunca convenceram os cínicos e os raivosos da moda, com a sua recente vitória sobre o “trambolhão” Ota, só os desespera.
Se os “vanguardista” esclarecidos lamentàvelmente não são melhores, então quem escapa no meio desta balbúrdia?
De ciência segura, segurando a Lei numa mão e a Espada na outra e com os olhos vendados, bem vendados, este “califado”, não estava nos negócios públicos.
Permita-me o desabafo, é tempo de dar uma grande paulada neste sistema, os militares estão numa boa, relativa é certo, a consciência “cívica” está nos estádios de futebol, os “estudantes” estão-se preparando para comer da árvore das patacas que aí vem, os outros vão voltar às sopas, que nem é uma dieta assim tão má, e o hábito de “amochar” é atávico ou genético, o que é o mesmo como sabe.
Fico à espera da marcação do almoço, com estima e consideração,
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