sábado, 1 de novembro de 2008

Câmara de Odivelas não sabe onde pode cortar mais as despesas

Lusa-Público 12h 10 de 29.10.2008 (ver texto junto)

No início do mandato, o quadro de análise às tiradas da Srª Presidente, permitiam adivinhar o pior. É sempre bom rir por último. É o meu caso.

Afirmava:”uma cultura de prestação de contas e transparência”, eu e os vereadores da oposição também gostariam de ver as contas da ex-Odivelcultur pelos documentos de apoio, e não a serradura que apresenta na Assembleia da Câmara.
Mais grave é o objectivo declarado de fazerem e rapidamente executada, a Municipália, uma nova empresa que juntou as duas empresas municipais, para “que os comunistas não chateiem mais o Mário Máximo”.

Convicta profetizava “a alteração da macro estrutura da Câmara com redução da despesa com cargos políticos e cargos dirigentes”. Para quem afirma que são os outros com os seus comportamentos que denigrem os políticos é muito incoerente. É falsa a afirmação, pois não refere a importação de vários elementos cujo único mérito é o favor partidário, ou o de serem do seu relacionamento pessoal.

. A grande aposta do mandato, um Gabinete de auditoria interna, além de crucificar o anterior presidente (do seu partido) e com o único propósito de se proteger a si própria, num gesto desnecessário de prepotência e exibicionismo modernaço, nomeou para seu Director e simultaneamente vogal na Odivelcultur, um seu ex-vizinho e colega de curso.

Os puros em acção: Equipa de compras, numa única unidade orgânica todas as aquisições, de bens e serviços, exemplo acabado de um clima de intimidação, suspeição, com a promessa de uma gestão modelo?
E quem está a chefiar esta equipa? Um socialista? Perguntem! Nem pensar.

Um ano depois, o partir do verniz. As “qualidades” a imergirem.

Quando o ex-vice-presidente (de quem tudo herdou) se demitiu da Câmara, cortando cerce com o passado comum, mas cuja utilidade estava esgotada nos seus projectos políticos, foi solidária a destempo:”durante 4 anos (mandato de Manuel Varges) assisti (afirma) a humilhações continuadas ao ex-presidente Manuel Varges” (na comissão política concelhia) assistiu, aplaudiu, consentiu, e é só agora, com total desplante, que se confessa? Qual o sentido disto tudo? Não lhe ocorreu quando afirmou que só encontrou dividas na Câmara? Ou quando afirmou “que retirei Odivelas da listas das mais endividadas”?
Só revelou a sua total falta de carácter politico e atitude dissimulada, falta de valores, carreirismo sinistro.

Fiquemo-nos de momento pela rama, não é difícil concluir que a situação deu o BERRO, será uma questão de tempo. Afirmação sustentada pela leitura da local.
Jornal Nova Odivelas de 20 de Julho de 2007, a Presidente da Câmara considerou que era “ uma questão de espinha dorsal ” referindo-se ao facto do anterior Presidente da Câmara de Odivelas, e seu partidário, nunca ter abandonado actos oficiais mesmo quando “humilhado.”
Para justificar a sua atitude ao abandonar as festas do 25 de Abril. Que mal lhe fez o pobre? Seguramente que este se sentiu uma “lula” ou mais grave, uma verdadeira “alforreca”.
Recentemente e com o descalabro à vista, nova estratégia, sem réstia de decoro.
Porque não quer ser vista como a única despedida por justa causa, recuperou o ex-presidente “despesista”, o sem espinha dorsal, como afirmou, para “Chanceler das Ordens Municipais”.
O ex-vereador Carlos Lérias, (a quem correu da lista original de candidatos), para seu “adjunto”.
O patrocínio de um Festival de teatro (na Municipália) digno de figurar na alta-roda dos eventos internacionais. O seu protegido tem que brilhar. Vão-se os anéis, ficam os dedos. Tudo isto num palco com 150 Lugares.
Uma viagem à ilha do Príncipe com delegação, governante que se preze não anda sem séquito, para a entrega de um cheque para obras aos carenciados numa parceria tardia com uma paróquia local.
A local do Público de última hora, da sua própria iniciativa, com uma entrevista seguramente bem pensada, diz-nos o quê?
Que a mordomia aos amigos, os lugares bem pagos de nulos e incompetentes, mesmo o desconhecimento total de politicas públicas, desculpa tal canhestra façanha, são insuficientes para explicar uma confissão digna de despedimento por justa causa.
A realidade é bem outra.
Alguém, ou alguma sondagem, ou simplesmente o dia a dia das pessoas, já lhe demonstrou a sua total “falta de maneiras” para que o povo lhe renove o mandato.
O desespero é total, mesmo tendo a seus pés, não direi mais, por ora fico por aqui, os jornais da terra, os servos carentes de renda, a complacência dos dirigentes Nacionais, o que lhe ocorre?
Legitimar um regresso ás listas de deputados revelando como sempre um calculismo viperino, de desprendimento, de uma Câmara que, apesar das suas nobre qualidades, é insolvente por natureza.
Esquece que existe um acção de anulação das eleições concelhias nos órgãos do Partido para analisar a legitimidade de como se fez eleger, pagando ou mandando quem executasse a pouca vergonha de pagar quotas a centenas de militantes e contratando o ultimo jornalista não alinhado para os serviços da Câmara.
A condição de Presidente da Comissão politica é o seu objectivo lógico para se auto propor ao seu antigo pouso que arduamente conquistou como bem sabemos, eu em especial.
A insolvência financeira seria, sem dúvida, e com a devida competência resolvida, se delegasse ao competente “Doutor em Gestão” e seu protegido Mário Máximo, a solução do imbróglio, em vez de o deixar com rédea solta a gastar o que agora confessa não existir.

Tudo deve ser pago. E como afirma o humorista, “vai mas é trabalhar”.

O Concelho não foi feito para este triste espectáculo, e de uma forma ou de outra, a bem ou a mal, muitos dos “abonados” terão que procurar trabalho, por mim podem ir para bem longe. A confissão de 28.10.2008 na Lusa


Ramalho Santos, Odivelas 31.10.2008