sábado, 1 de novembro de 2008

Câmara de Odivelas não sabe onde pode cortar mais as despesas

Lusa-Público 12h 10 de 29.10.2008 (ver texto junto)

No início do mandato, o quadro de análise às tiradas da Srª Presidente, permitiam adivinhar o pior. É sempre bom rir por último. É o meu caso.

Afirmava:”uma cultura de prestação de contas e transparência”, eu e os vereadores da oposição também gostariam de ver as contas da ex-Odivelcultur pelos documentos de apoio, e não a serradura que apresenta na Assembleia da Câmara.
Mais grave é o objectivo declarado de fazerem e rapidamente executada, a Municipália, uma nova empresa que juntou as duas empresas municipais, para “que os comunistas não chateiem mais o Mário Máximo”.

Convicta profetizava “a alteração da macro estrutura da Câmara com redução da despesa com cargos políticos e cargos dirigentes”. Para quem afirma que são os outros com os seus comportamentos que denigrem os políticos é muito incoerente. É falsa a afirmação, pois não refere a importação de vários elementos cujo único mérito é o favor partidário, ou o de serem do seu relacionamento pessoal.

. A grande aposta do mandato, um Gabinete de auditoria interna, além de crucificar o anterior presidente (do seu partido) e com o único propósito de se proteger a si própria, num gesto desnecessário de prepotência e exibicionismo modernaço, nomeou para seu Director e simultaneamente vogal na Odivelcultur, um seu ex-vizinho e colega de curso.

Os puros em acção: Equipa de compras, numa única unidade orgânica todas as aquisições, de bens e serviços, exemplo acabado de um clima de intimidação, suspeição, com a promessa de uma gestão modelo?
E quem está a chefiar esta equipa? Um socialista? Perguntem! Nem pensar.

Um ano depois, o partir do verniz. As “qualidades” a imergirem.

Quando o ex-vice-presidente (de quem tudo herdou) se demitiu da Câmara, cortando cerce com o passado comum, mas cuja utilidade estava esgotada nos seus projectos políticos, foi solidária a destempo:”durante 4 anos (mandato de Manuel Varges) assisti (afirma) a humilhações continuadas ao ex-presidente Manuel Varges” (na comissão política concelhia) assistiu, aplaudiu, consentiu, e é só agora, com total desplante, que se confessa? Qual o sentido disto tudo? Não lhe ocorreu quando afirmou que só encontrou dividas na Câmara? Ou quando afirmou “que retirei Odivelas da listas das mais endividadas”?
Só revelou a sua total falta de carácter politico e atitude dissimulada, falta de valores, carreirismo sinistro.

Fiquemo-nos de momento pela rama, não é difícil concluir que a situação deu o BERRO, será uma questão de tempo. Afirmação sustentada pela leitura da local.
Jornal Nova Odivelas de 20 de Julho de 2007, a Presidente da Câmara considerou que era “ uma questão de espinha dorsal ” referindo-se ao facto do anterior Presidente da Câmara de Odivelas, e seu partidário, nunca ter abandonado actos oficiais mesmo quando “humilhado.”
Para justificar a sua atitude ao abandonar as festas do 25 de Abril. Que mal lhe fez o pobre? Seguramente que este se sentiu uma “lula” ou mais grave, uma verdadeira “alforreca”.
Recentemente e com o descalabro à vista, nova estratégia, sem réstia de decoro.
Porque não quer ser vista como a única despedida por justa causa, recuperou o ex-presidente “despesista”, o sem espinha dorsal, como afirmou, para “Chanceler das Ordens Municipais”.
O ex-vereador Carlos Lérias, (a quem correu da lista original de candidatos), para seu “adjunto”.
O patrocínio de um Festival de teatro (na Municipália) digno de figurar na alta-roda dos eventos internacionais. O seu protegido tem que brilhar. Vão-se os anéis, ficam os dedos. Tudo isto num palco com 150 Lugares.
Uma viagem à ilha do Príncipe com delegação, governante que se preze não anda sem séquito, para a entrega de um cheque para obras aos carenciados numa parceria tardia com uma paróquia local.
A local do Público de última hora, da sua própria iniciativa, com uma entrevista seguramente bem pensada, diz-nos o quê?
Que a mordomia aos amigos, os lugares bem pagos de nulos e incompetentes, mesmo o desconhecimento total de politicas públicas, desculpa tal canhestra façanha, são insuficientes para explicar uma confissão digna de despedimento por justa causa.
A realidade é bem outra.
Alguém, ou alguma sondagem, ou simplesmente o dia a dia das pessoas, já lhe demonstrou a sua total “falta de maneiras” para que o povo lhe renove o mandato.
O desespero é total, mesmo tendo a seus pés, não direi mais, por ora fico por aqui, os jornais da terra, os servos carentes de renda, a complacência dos dirigentes Nacionais, o que lhe ocorre?
Legitimar um regresso ás listas de deputados revelando como sempre um calculismo viperino, de desprendimento, de uma Câmara que, apesar das suas nobre qualidades, é insolvente por natureza.
Esquece que existe um acção de anulação das eleições concelhias nos órgãos do Partido para analisar a legitimidade de como se fez eleger, pagando ou mandando quem executasse a pouca vergonha de pagar quotas a centenas de militantes e contratando o ultimo jornalista não alinhado para os serviços da Câmara.
A condição de Presidente da Comissão politica é o seu objectivo lógico para se auto propor ao seu antigo pouso que arduamente conquistou como bem sabemos, eu em especial.
A insolvência financeira seria, sem dúvida, e com a devida competência resolvida, se delegasse ao competente “Doutor em Gestão” e seu protegido Mário Máximo, a solução do imbróglio, em vez de o deixar com rédea solta a gastar o que agora confessa não existir.

Tudo deve ser pago. E como afirma o humorista, “vai mas é trabalhar”.

O Concelho não foi feito para este triste espectáculo, e de uma forma ou de outra, a bem ou a mal, muitos dos “abonados” terão que procurar trabalho, por mim podem ir para bem longe. A confissão de 28.10.2008 na Lusa


Ramalho Santos, Odivelas 31.10.2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Presidente revela quebra inesperada de receitas

Câmara de Odivelas não sabe onde pode cortar mais as despesas
28.10.2008 - 12h10 Lusa
A presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador, revelou à Lusa que a autarquia registou durante este ano uma quebra inesperada nas receitas e que pretende cortar todos os gastos supérfluos dentro da estrutura camarária.

Susana Amador (PS), explicou que “o facto de o país estar a viver um ciclo económico de recessão está a obrigar a autarquia a entrar em contenção de despesas, tendo existido já reestruturações dentro da própria Câmara Municipal”, sendo, no entanto, consideradas “ainda insuficientes”.

“Já emiti um despacho a informar que precisamos de cortar todas as despesas supérfluas, mas o problema é que não sabemos onde podemos emagrecer mais”, sublinhou a autarca, que, além de ter feito cortes na frota e nos recursos humanos, também terminou com as horas extraordinárias, mantendo neste momento “apenas os serviços essenciais como a protecção civil, a fiscalização e os transportes de pessoas com deficiência”.

“Só no primeiro trimestre de 2008 gastámos tanto como o tínhamos feito durante ano inteiro de 2007. Isso obrigou-me a ter de pôr algum travão na euforia”, justificou a autarca que pretende evitar que haja “um excesso de endividamento da câmara”.

“Arrumar a casa”

“Neste momento é necessário arrumar a casa e equilibrar as contas”, realçou.

A responsável municipal referiu ainda que a autarquia, a que preside, gasta anualmente 22 milhões de euros com o quadro de pessoal, isto apesar de outras autarquias que têm o mesmo número de funcionários gastarem apenas entre 12 e 15 milhões de euros.

“O facto de passarmos de uma situação em que tínhamos um quadro de pessoal que era na sua maioria constituído por assistentes administrativos para um altamente qualificado faz com que tenhamos de atribuir salários mais altos”, explicou.

Apesar da implantação desta politica de contenção, Susana Amador garantiu que “os concursos internos de progressão das carreiras vão continuar, para manter “os funcionários estimulados”.

domingo, 7 de setembro de 2008

"AS FONTES DO HONESTO"

Marco Túlio Cícero nasce em 106 A.C. e veio a morrer em 43 A.C. (63 anos).

Cícero foi educado pelos mais brilhantes e eruditos professores da sua época, nos estudos jurídicos, de oratória, retórica e filosofia.

Orador e causídico famoso, seguiu a carreira das honras (cursos Honorum, Questor, Edil Curul, Pretor e Cônsul).

Defensor da República Romana das apetências dos partidários de formas de governo autoritárias.

Adversário de Júlio César é por este perdoado após uma derrota militar.

Para tentar salvar a “sua” república apoia a conjura para assassinar Júlio César.

Em oposição a Marco António, que considerava o símbolo da tirania, e para restaurar os ideais republicanos, pronuncia contra ele as Filípicas, que ditaram a sua morte, decidida por Marco António e Octaviano.

Já descrente da sorte da República, apesar da morte de César, considerava

Marco António um seu valido, continuador da tirania que aquele tinha estabelecido.

Em várias cartas que envia a seu filho Marco, estudante na Grécia, esquematiza e desenvolve o seu pensamento do que é essencial par uma vida digna.

O tratado De Oficiis, a obra moral de Cícero.

In Textos Filosóficos, edições 70.

Os princípios fundamentais do dever moral, de modo a poderem estabelecer um conjunto de regras de conduta.

a) O homem porque é dotado de razão pela qual compreende a relação de causa e consequência e pode estabelecer analogias, ligando e associando o presente e o futuro, compreende facilmente o curso de toda a vida, fazendo os preparativos necessários para a sua conduta.

b) A grandeza de alma, resulta de um espírito, pela natureza bem formado, não desejando submeter-se a ninguém, excepto àquele que estabelece as normas de conduta, ou é o mestre da verdade, ou que para o bem comum governa segundo a lei e a justiça.

È a partir destes dois elementos que se forja e se molda a honestidade.

A essência da honestidade encontra-se no conhecimento da verdade.

Tudo o que é honesto dimana de uma destas quatro fontes:

I

Sabedoria é o desenvolvimento inteligente da verdade, é sapiência, prudência e a manutenção dos laços sociais.

II

Manutenção dos Laços Sociais

III

Grandeza de Alma

IV

Decoro, ordem e moderação de tudo aquilo que se diz e faz, no qual a modéstia e a confiança subsistem.

As quatro fontes da honestidade encontram-se implicadas e interligadas, no entanto, cada uma dá origem a um certo tipo de dever.

Os homens pervertem os princípios fundamentais da natureza ao dissociarem a utilidade da honestidade.

Em relação ao dito ”do mal, o menos” é isto com efeito, agir sem honestidade.

Não devemos tomar o desconhecido por conhecido e aceitá-lo imediatamente.

O mérito de toda a virtude reside efectivamente na acção.

Virtude - são actos humanos, genericamente bons.

I

A sabedoria é a maior de todas as virtudes que consiste no conhecimento de todas as coisas humanas e divinas e incluem a convivência social.

A sabedoria é o desenvolvimento inteligente da verdade, é sapiência e prudência

Todo o nosso pensamento e actividade intelectual devem ser orientados em relação ás questões da honestidade, bem como ao estudo da ciência do conhecimento.

O que poderá, para além do saber, ser mais desejável ou mais notável? Que coisa melhor para o homem e dele mais digna poderá existir?

Toda a filosofia é fértil e frutuosa, e nela domínio algum pode ser mais rico e fecundo do que aquele que se dedica aos deveres, daí emanando preceitos para uma vida honesta e coerente.

Que não se tenha a ninguém de obedecer, que se goze a liberdade cuja essência é viver segundo a nossa própria vontade.

Devemos livrar-nos de toda a espécie de perturbações espirituais, não só da ambição e do medo como também do sofrimento, do prazer e da cólera, afim de que a tranquilidade e segurança de espírito possam ser usufruídas, as quais oferecem tanto à constância como à dignidade.

O sábio age de acordo com a razão e a natureza.

Todo o conhecimento alheio à justiça é astúcia, e nunca sabedoria

DEVER

A sabedoria é o conhecimento da verdade, o espírito de solidariedade, a magnanimidade e a moderação.

II

A manutenção dos laços sociais entre os homens e da vida em comunidade.

A primeira parte é a justiça, a rainha das virtudes, à qual se junta a generosidade, por elas existem os homens de bem.

O fundamento da justiça reside na boa fé, os que correm pela paixão do poder, pelas honras e pela glória, esquecem totalmente a justiça.

Não existe elo social mais importante que não seja aquele que une, cada um de nós à República. (Cícero)

Nenhuma comunidade é mais nobre, mais sólida, do que aquela na qual todos os homens de bem partilham os mesmos costumes.

Grande é também aquela comunidade que resulta da permuta de serviços, aqueles que os permutam ficam ligados entre si por sólidos laços sociais.

Que cada um possua o que lhe cabe, e se alguém tomar algo para si para além desse limite, violará as leis da sociedade humana.

Da injustiça existem dois tipos: um, a daqueles que fazem o mal; o outro, o daqueles que podendo evita-lo, nada fazem.

A injustiça deve ser sempre evitada.

A legitimidade vale por si própria, a dúvida pressupõe um juízo injusto.

Julgamos nós acerca dos outros e acerca de nós próprios de maneira desigual.

A amizade mais aprazível é aquela que a afinidade de carácter cimentou.

“Entre amigos todos os bens são comuns.” (Platão)

DEVERES

Deverá ser sobremaneira honrado aquele que mais dotado for destas virtudes: a modéstia, a temperança e a própria justiça.

A clemência é a contenção do espírito quando administra a justiça.

A beneficência é uma selecção baseada no mérito.

É grande o poder da benevolência, enquanto fraco o do medo.

A benevolência será avaliada pela sua constância e consistência.

III

A grandeza da alma é o que se realiza com grande elevação de espírito e com desprezo pelas vicissitudes humanas, e surgem aos nossos olhos como sendo a coisa mais magnífica.

A verdadeira e sábia grandeza da alma é aquela que considera serem as acções e não a glória, a constituírem a base daquela honestidade que a natureza toma, preferindo ser aquilo que é realmente a ter de parecê-lo.

Que os homens fortes e magnânimos sejam bons e simples, amigos da verdade e de modo nenhum falaciosos. Tais são as qualidades pelas quais é a justiça louvada.

Suportar aquilo que parece atroz, é próprio de um espírito robusto e de grande constância.

Em suma, aquela honestidade que buscamos num espírito grande e excelso é produto de um esforço anímico, e de modo nenhum poderá ser produto da força física.

É próprio de um espírito corajoso e firme manter a presença de espírito e a capacidade de deliberar sem perder o discernimento.

Porém, esta elevação de espírito em circunstâncias de perigo e de aflição, quando é desprovido de qualquer sentido de justiça ou quando se combate não pelo bem comum, mas, em defesa dos seus próprios interesses, nisso não há réstia alguma de virtude.

Os homens levados pela ilusão resvalam no mais ignominioso ridículo e cometem os erros mais hediondos.

DEVERES

Nada com efeito é mais digno de louvor, nada mais digno de um homem eminente e notável do que a clemência e o espírito de reconciliação.

Seguindo estes preceitos, poder-se-á viver com nobreza, honestidade e esperança, e também na simplicidade com lealdade e amando verdadeiramente os homens.


IV

A última divisão da honestidade, uma espécie de enfeite da vida, é a temperança e a ponderação (noção de decoro), que domina todos os conflitos da alma e é a medida de todas as coisas.

Foi-nos concedido pela natureza as partes relativas à constância, à moderação, à temperança e ao respeito, e nisto a mesma natureza nos ensina a não agirmos com negligência para com os nossos semelhantes, assim temos a possibilidade de nitidamente ver como é amplo o campo de interacção de toda a conveniência, que se estende, de uma maneira geral a toda a honestidade.

O conveniente consiste em tudo aquilo que é conforme à excelência dos homens.

O que é conveniente é honesto e aquilo que é honesto é conveniente.

Servir-se da razão e da linguagem com prudência é conveniente.

Todas as coisas justas são convenientes, as injustas são hediondas, consequentemente inconvenientes.

É conveniente aquilo que é conforme à natureza com vista à moderação e à temperança.

Enganar-se, errar e faltar à verdade é inconveniente.

O papel da justiça consiste em não violentar os homens, em relação ao respeito, em não ofendê-los (ser conveniente).

DEVERES

Quanto ao dever, o primeiro passo que nos conduz à harmonia com a natureza e ao respeito pelas suas leis, é ora seguindo o subtil e o inteligente, ora o mais conveniente para a comunidade dos homens, ora a fortaleza e a coragem.

OBTENÇÃO E MANUTENÇÃO DO PODER E DA GLÓRIA

No tratamento dos assuntos importantes da administração, é a glória assunto de grande relevância.

O ponto mais alto e a perfeição da glória residem nas três condições seguintes:

Se por ventura a multidão nos estima;

Se em nós deposita toda a sua fé;

Se pensa sermos nós dignos de alguma honra, à qual se pode acrescentar uma certa admiração.

As três condições, que foram apresentadas como constituindo os meios pelos quais podemos alcançar a glória, foram todas elas superadas pela justiça.

A justiça deve ser cultivada e mantida por todos os meios, não só para a sua própria salvação (caso assim não fosse, não haveria justiça) mas também pelo acrescentamento de honra e de glória.

Se alguém desejar a verdadeira glória da justiça alcançar, que cumpra ele próprio os deveres da justiça.

Entre todas as coisas, nada é mais apropriado para defender e manter o poder do que ser amado, e nada menos recomendável do que ser temido.

Um amor intenso emerge, todavia, da multidão, unicamente devido à própria reputação ou simples rumor da nossa generosidade, da nossa beneficência, do nosso espírito de justiça e da nossa lealdade, para além de todas as virtudes que se encontram associadas à afabilidade e à doçura de carácter.

Porém, quanto à lealdade, só poderá ser alcançada de duas maneiras: se agirmos com prudência e com espírito de justiça.

São exaltados com os maiores elogios aqueles homens em quem se vislumbram certas virtudes excelentes e excepcionais, enquanto que, de modo diverso, olham com desprezo e contundência aqueles em quem julgam não existir coragem, energia ou virtude alguma.

Aquele a quem o dinheiro não faz vacilar é digno da maior admiração em virtude de todos o verem como tendo conseguido superar a prova de fogo.

O caminho mais directo para a glória é o facto de se agir de maneira a “se ser tal e qual aquilo que se tinha desejado parecer” (Sócrates)

Recorrendo à simulação, à vã ostentação ou ainda ao disfarce, não só nas palavras se enganam como também em relação a tudo o mais.

A verdadeira glória possui raízes e ramificações e tudo aquilo que é fingido rapidamente cai por terra.

FIM

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PRESOS - PORTUGUESES VS ESTRANGEIROS

Mais uma vez o “complicado” Daniel faz das suas.

Olhe para os factos: um estudo com esta estrutura só podia ser feito se pago pelo Estado, como é óbvio. Haveria alguém realmente tonto para tamanho desperdício em face de umas perguntas tão simples? Quem rouba, mata etc? Rouba e mata quem? Quanto rouba? Quem está preso, porquê e por quanto tempo? Crimes sem castigo, quantos? Etc.

Só um cientista coloca como hipótese o número de imputáveis, já sabemos, somos 8,5 milhões à data de 2003, depois é só fazer as contas (morrem +/- 100 mil ano, 5 (cinco) anos depois, temos apenas 8 milhões. É de génio.

Nos licenciados é muito melhor. Contabilizam quase 500 mil e com a produção actual seguramente, nos dias de hoje, são o dobro, retirando a taxa de 1,243245% ao ano vezes 5, dos que se vão desta para outra, etc.

Uma quase luz está na conclusão do Director Geral dos Serviços Prisionais:

pag. 210/211 “à data de hoje, são 2.426 distribuídos pelos 56 Est. Prisionais, com forte predominância nas Centrais, sendo certo que existe pelo menos um Estabelecimento, Caxias, em que os estrangeiros atingem 50%. Este valor, o número actual (2003) de estrangeiros, carece de validação e de análise ponderada”…Palavras para quê? É um estudo científico. Nem o pobre do Sr. Director leu direito.

Se procura moralizar a rapaziada, erra, está cada vez mais a transformar-se no tal “fascista das palavras” que lhe causou urticária qb no Eixo do Mal.

sábado, 28 de junho de 2008

UMA PROPOSTA GRATUITA

Atenção: não sou médico, para mim com mais de 100Kg deu resultado.

É garantido, perdi 5Kg numa semana fazendo uma dieta de dia/sim, dia/não.

É muito agradável, com uma vantagem importante.

Desintoxica

SOPA BÁSICA DE QUEIMA DE GORDURAS

1 Beringela

1 Nabo

2 Maços de cebolinha

1 ou 2 latas de puré de tomate (ou tomate picado)

1 Maço de aipo ou salsão

1 Repolho grande

1 Cebola picada

3 Cenouras

2 Chávenas de feijão verde

Tempere com sal, pimenta, curry, salsa, etc.….

Corte os legumes em pedaços pequenos ou médios e cubra de água.

Ferva rápido por 10 minutos, então abaixe o lume mantendo o ponto de fervura

Por aproximadamente 40 minutos. Tempere a gosto.

Esta sopa pode ser tomada em qualquer momento, quando tiver vontade, de dia ou de noite.

Só queima calorias.

sábado, 14 de junho de 2008

NÃO......


A.R.

Daniel Oliveira partilho o gozo de todos aqueles que visualizarem a cara de parvos destes novinhos políticos europeus e eurocratas, formato aristocrata, não é difícil, encontrarão aí um misto de sentimentos entre: os “estamos feitos num oito” e os mais ladinos que enfiarão a máscara do sério e respeitável “homem de Estado”.

Ficou provado finalmente, e creio por largo tempo, que o povo, qualquer um, mesmo só por uma estreitíssima fresta ainda sabe produzir, a partir de ideias desordenadas, uma orientação racional.

De um universo de 100 eleitores, 47 decidiram ficar onde mais lhes agradou, ou seja, bem longe das urnas de voto. Dos restantes 53, só 25 concordam com o estado da arte política dominante votando sim. Mas…por artes e saberes vários 28 não estavam para aí virados.

Preparem-se para as tretas do costume, a PAZ, o bem estar social, o nunca olvidado progresso, o destino da Humanidade e a sempre presente solidariedade.

Montaram o tratado de Lisboa como uma farsa, não haverá tragédia seguramente, mas pinotes não faltarão.


domingo, 1 de junho de 2008

A NÃO PERDER PEÇA UNICA,começa assim





Aspirina B

Posted: 31 May 2008 10:27 AM CDT

As eleições do PSD são a agonia de uma geração, de uma classe e de uma forma de fazer política.

A geração é a que tem governado o Estado, a classe é a que dirige e milita nos partidos. Desde o 25 de Abril, esta elite apodrece sem arrependimento na cadeira — uma parte deles está há muito afastada, de bandulho empanturrado e trôpegos, outra parte recusa-se a cair.

E mesmo que nada mude a seguir no futuro próximo, que se repitam os modelos e os processos, os motivos e as intenções, agora já se sabe, agora está claro, nu: as maiores figuras do sistema político são directos responsáveis, ou cobardes cúmplices, por 30 anos perdidos para a cidadania, a democracia e a liberdade; ou seja, 30 anos de estagnação e marasmo cívico.

O que mudou foi só por obra do tempo e das circunstâncias inevitáveis, aquilo que teria de mudar para que a lógica do Poder se mantivesse.

Nada nasceu das vontades, a não ser os projectos pessoais de conquista.

E assim se constata como o salazarismo, que moldava por simetria até a sua própria oposição, apenas conheceu alteração de chefias políticas. Iniciou a troca de pele ao longo do marcelismo e concluiu a metamorfose com a Revolução.

Conseguiu permanecer como axiologia uniformizadora da política, sociologia, economia e psique nacionais até 2004, altura em que se atinge a miséria moral com a saída de Barroso e o abandono do País à incompetência e irresponsabilidade de Santana. Não por acaso, é também o ano do Portugal Hoje — O Medo de Existir, finalmente o diagnóstico que permitia ter consciência da gravidade e alcance da doença.


É de não perder. atenção o artigo continua mais à frente no mesmo bloge.

por Valupin

sábado, 17 de maio de 2008

O SENHOR DO CUBO MÁGICO

O Senhor Roubado e o Senhor do Cubo Mágico ficam os dois, por mais alguns meses, votos meus, na mesma larga praça a quem o primeiro dá o nome, e por extensão também apadrinha a nova estação de Metro que lhe dá garantias de perpetuar a fama de triste memória e pior proveito.


Na Regência pós Concelhia de Odivelas, a despida praça já foi senhora de grandes projectos, um dos mais ventilados, um túnel da calçada de Carriche até junto da entrada da ponte da ribeira, com papéis muito realistas e a cores a testar a vontade inabalável e realista de obra quase feita pelos políticos e decisores à época.

Segundo sei, foi o Metro quem tratou do embelezamento actual par dar um ar simpático à envolvente da sua magnífica obra de engenharia, justo mérito lhe era devido, diga-se em boa verdade.

Gastou o Metro mais uns trocos e a coisa escapou ás merecidas críticas do gritante contraste entre um símbolo do desenvolvimento e um aterro manhoso que, durante muito tempo e com a desculpa da tal obra, se foi mantendo, a realidade era bem outra (já não havia dinheiro para mandar cantar ninguém).

O progresso vai passando, o certo é que o pobre do Senhor Roubado (O Monumento não o Santo), fica cada vez mais enterrado, logo, menos visível e lugar de abrigo e depósito de sujidades várias.

Ora bem, é aqui que entra o Senhor do Cubo Mágico, como ainda não é Santo, mas já lhe são atribuídos alguns verdadeiros “milagre-zinhos”. Como aquele do milagre da multiplicação de empresas e de administradores para estar mais confortado com o espírito da Lei.

Sem rezas nem mesinhas, tarefa realizada antes do prazo (revela que não brinca em serviço) e diante de todo o mundo, Vereação Camarária, Assembleia Municipal, sociedade civil etc.

Mesmo que algum Juiz (de Direito) mais invejoso se meta no assunto e lhe queira trocar as voltas, confiamos nos seus superiores talentos e força anímica com que faz tudo em que se empenha, e é seu apanágio, (hábito para os menos letrados que eventualmente passem os olhos por este simples pedido) mande que desenterrem o pobre do seu infeliz vizinho, seguramente que este em seu eterno descanso o protegerá com o poder da sua santidade, caso os poderes terrenos, ou a sua Santa Padroeira se revelarem injustos para com sua douta pessoa.

Para reforçar a sua argumentação, permita-me o descaramento de lhe fazer uma sugestão, leia “O SENHOR ROUBADO A INQUISIÇÃO E A QUESTÃO JUDAICA” de Jorge Martins.

domingo, 4 de maio de 2008

O Capuchinho Vermelho foi a Caneças
passar o 25 de Abril


Há muito boas coisas na vida que não se explicam, são o que são, e quando acontecem provocam sempre reacções as mais das vezes opostas, dependem estas, como diria um psicanalista das repressões culturais ou sexuais, como afirmava Freud.

As reacções neuróticas ou histéricas são consequência – segundo o mesmo cientista – de
desejos inconscientes reprimidos, normalmente as fantasias de diversa natureza.

Creio ser uma introdução a propósito e apropriada da paródia e dos personagens que, segundo relatos vários, entrou em cena nas comemorações de Abril nesta pacata aldeia ruralista do nosso concelho.

Posso afirmar e mesmo testemunhar onde for de direito que os distintos presentes à cerimónia com origens partidárias – políticas é outra coisa – as mais diversas, são unânimes em afirmar que: o Capuchinho Vermelho marcou o início do protesto da indignação abandonando a sala como é seu costume quando as coisas não estão de feição. Sendo-lhe prestadas as devidas e solidárias indignações pela afronta aos bons e nobres actos do seu elevado carácter político por indigentes comediantes.

Que a velhinha da história, a Avozinha, foi lesta e protectora quanto baste da sua menina, pagando a conta e as favas se as houver. Para que se quer uma avozinha?

O Lobo Mau, como de costume, escondeu-se atrás da sombra da casa da floresta,
nem o Capuchinho Vermelho lhe pediu explicações ou lhe deu mostra de azedume,
e muito menos a Avozinha se “abriu” num aliviar de culpas, mais do que esparramadas.

Dos jornais, O Vendido de Odivelas, como não lhe tinham dado ordens claras, e como desconheciam o tema, fecharam-se em copas. O dinheiro fresco faz muito jeito à rapaziada, os tempos não permitem aventuras.

O jornal rival, a Ova de Odivelas e o Zé-Marmelo andam ás aranhas, estão atirando
em várias direcções, ora é o preço da coisa (vexame segundo o próprio), ora é o luxo da comezaina, com que a quase sempre ausente Avozinha brindou os distintos comensais.

Na realidade, o Marmelo gostaria era de saber quanto ganha o Zé-Vendido nas suas
elevadas funções de Vendido-Mor.

A Ova de Odivelas permitiu ao ex-Faquir de Odivelas, num rasgo de esclarecida táctica política, um monumental espalhanço ético e não só. Esqueça glórias passadas meu caro, neste xadrez o seu papel é o de torre, o que não é nada de deitar fora, o perigo só existe quando se mexe. Eu bem sei onde quer chegar, não vá por ai.

O Zé Marmelo em “Tutoria” avisa que está alerta com certos figurões que apelida de deputados (quem?) mas delira quando afirma que o povo votou neles e lhes depositou confiança, é um tratado em costumes, mas não contente, o novo Turquemada quer um rigoroso inquérito aos “acontecimentos” de Caneças.

O que acontecerá se não houver inquérito? O que fará o Ova de Odivelas? E se os deputados ofendidos votarem uma proposta de banimento da assembleia cada vez que o cavalheiro apareça?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A MINHA OPINIÃO DAS SONDAGENS

O pobre do actual P.M. não tem segredo algum, quanto muito terá, como qualquer um, quem goste dele ou não.

As sondagens são uma técnica de análise, e, vistas à lupa, permitem retirar imagens menos pacóvias do que as conclusões primárias para que são encomendadas.

O mercado das sondagens sofre os mesmos constrangimentos de qualquer produto ou serviço. É o cliente que determina o que compra e o preço que paga.

O nosso país tem presentemente dois/três homens com coragem, saber, discernimento e palco para dizerem algumas verdades que merecem ser citados: o Miguel Sousa Tavares, o Pacheco Pereira e o Joaquim Aguiar. Nenhum se norteia por sondagens.

Num seminário de sociologia que decorreu recentemente em Lisboa, envolvendo os crânios europeus mais ilustres e das melhores instituições, chegámos com espanto geral é certo, a uma brilhante conclusão sobre um estudo europeu e comunitário:
“Os europeus, nos questionários, invariavelmente opinam maioritariamente que nem sim nem não, é mais um talvez sim talvez não”.

Gente com certezas, positivas ou negativas, são uma forte minoria.

Para os analistas políticos foi um valente pontapé no caldeirão das poções mágicas.

SONDAGEM EXPRESSO EM 3 DE MAIO

“Apesar de toda a contestação, o Partido Socialista continua, a um ano das eleições legislativas, no limiar da maioria absoluta, e José Sócrates com um saldo de popularidade invulgar.

Este mês o PM volta a subir mais umas décimas estando quase nos 30%, sendo apenas ultrapassado pelo Presidente da República.

À esquerda do PS, PCP e BE mantêm a tendência de subida, atingindo – quando somados – 18,8% das intenções de voto. Já os partidos à direita dos socialistas – PSD e CDS/PP – reúnem 33,2% das intenções de voto, estando assim abaixo do resultado obtido nas últimas eleições legislativas.

No mês em que se demite e depois de conhecida a sua decisão, Luís Filipe Menezes obtém a sua maior subida e atinge o saldo positivo que lhe escapava há seis meses estando próximo dos 4%.

Por outro lado, Cavaco Silva regista a sua maior quebra na bolsa de popularidade, porventura resultado da condescendência com que tratou o presidente do governo regional da Madeira durante a sua recente visita à região.

O Presidente da República cai 7,4% em termos de popularidade podendo inferir-se deste resultado que, ao contrário da doutrina fixada por Jorge Coelho para o PS, quem não se mete com Alberto João Jardim, leva!
Que segredo terá José Sócrates para manter a sua popularidade tão elevada? Será mesmo que, para os continentais, elogiar Jardim é motivo de punição? \Se sim, que leva o líder regional a sonhar a liderança do PSD?”

domingo, 6 de abril de 2008

UM EXEMPLO DE COMBATE POLÍTICO


Eng. António Brotas

Caro Camarada,

Creio ter compreendido, na carta que escreve a Helena Roseta, que a sua luta passou da contestação ao absurdo das políticas públicas ministeriais, para o modelo de como se deve abordar a discussão da coisa pública ao nível dos vereadores.

A sua memória para o que lhe disseram “engenheiros” é um prodígio pedagógico contra o disparate.

É moralmente gratificante para a minha pessoa verificar que ainda existem militantes socialistas coerentes com o postulado de pensar que os outros só não tomam as melhores decisões por ignorância. Vai daí, o meu caro Prof. insiste, e eu creio que é totalmente sincero, no entanto, eu não ofereço mais o corpo ás balas.

Explicitando: o seu capital técnico e político, coerência cívica, se nunca convenceram os cínicos e os raivosos da moda, com a sua recente vitória sobre o “trambolhão” Ota, só os desespera.

Se os “vanguardista” esclarecidos lamentàvelmente não são melhores, então quem escapa no meio desta balbúrdia?

De ciência segura, segurando a Lei numa mão e a Espada na outra e com os olhos vendados, bem vendados, este “califado”, não estava nos negócios públicos.

Permita-me o desabafo, é tempo de dar uma grande paulada neste sistema, os militares estão numa boa, relativa é certo, a consciência “cívica” está nos estádios de futebol, os “estudantes” estão-se preparando para comer da árvore das patacas que aí vem, os outros vão voltar às sopas, que nem é uma dieta assim tão má, e o hábito de “amochar” é atávico ou genético, o que é o mesmo como sabe.

Fico à espera da marcação do almoço, com estima e consideração,

Ramalho dos Santos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

DOS JORNAIS E NÃO SÓ

O transexual americano Thomas Beatie, que está grávido de seis meses, dez anos após se submeter a uma cirurgia para troca de sexo, afirmou que considera sua futura filha um "milagre".

Via BBCBrasil.com

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“E adorei aquela definição que deste para uma conhecida celebridade na nossa praça: “Escarreta com pernas”. Quando a D. Natércia leu o relatório do SIZ, que fala nisso, pensou que estavas a falar de um socialista ressabiado que anda por aí a mandar umas bocas na Internet e lá tive de lhe explicar que o homem não é assim tão importante nem conhecido e que nem sabias que ele existia”.

Via D.O. Zé da Fisga.

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Elefantemos portanto.

Ou,
Melhor dizendo,
Permitamos que um silêncio muito antigo
Venha
Carregado de silvos e sussurros
Venha
Conduzir-nos a palavra
Pelas veredas impalpáveis
Do mistério.

Via www.inforarte.com/cantando2/Jos%E9Fanha.html - 10k

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Que sentido tem esta mistura?

Nenhuma. Muito bem.

Para o Zé da Fisga deve ter, o homem faz milagres.

sábado, 29 de março de 2008

NÃO SE PASSA NADA, É SÓ FUMAÇA


É conveniente explicar aos mais novos e lembrar aos menos jovens, o que esta frase simboliza. Um velho almirante, por acidente também primeiro-ministro, gritava de uma varanda do Terreiro do Paço em plena manifestação, pós 25 de Abril, de milhares de pessoas, o facto de alguém ter lançado no meio da multidão uma granada de fumo criando o pânico.

Era um facto verdadeiro, no momento era só fumaça, uns dias depois quase ao mesmo tempo que a fumaça se dissipava, o almirante já não era primeiro-ministro.

Vem isto a propósito da “guerra” macaca entre dois “inenarráveis” directores de pasquins da nossa praça de Odivelas. O ex-director do Jornal de Odivelas vendeu os seus futuros serviços à Câmara via Presidente da mesma, quando esta quis e lhe apeteceu e pelo preço certo segundo deduzo.

Em plena luta eleitoral partidária comprou o jornalista e o jornal, matando de uma cajadada vários coelhos: entre os quais me incluo como candidato à comissão política local, cujo único meio de chegar às pessoas se centrava em especial nesse jornal, como era hábito e costumeiro.

O outro coelho é seguramente o “Berlusconi” de Caneças. O homem estava bebendo muito Red Bull, não ficar dependente de um simplório de aldeia é mais do que elementar, não vá o diabo tecê-las, concluiu seguramente a interessada.

Um outro coelho sem o saber é um dano colateral desta guerra, o problema é que o homem não se vende “nem por todo o ouro do mundo” e o patrão actual também não quer ficar descalço, como diria Maquiavel, agora vais fazer de raposa amanhã farás de cordeiro, quando eu mandar, dir-lhe-à quem lhe paga a mesada.

Como na verdadeira história, há sempre quem deseje o poder e haverá sempre quem queira servir o novo senhor, o bom do jornalista-director incorruptível já lança os olhares e os sinais de que “eu estou aqui” em várias direcções, crente seguramente que o seu mestre já conta pouco, ele sabe bem quem é o homem na sombra, nós também.

Esta história promete, com os partidos do sistema fingindo de “mortos”, se não o estão já na realidade, a líder dos cabedais da câmara põe e dispõe como entende, hoje compra este, amanhã poderá ser aquele outro, a espera mata e a senhora sabe.

Para quem ouviu em plena Câmara a justificação da contratação pela presidente do ex-director do pasquim, observando as reacções dos partidos, ficou claro de que “isto não é só fumaça”. Tenham todos um final feliz político, obviamente.

terça-feira, 18 de março de 2008

UM "governo com resultados"...maus


Por Alfredo Barroso

O MELHOR DESTE GOVERNO, até agora, é certamente aquilo de que Sócrates não pára de ufanar-se: uma redução rápida e brutal do défice do Orçamento do Estado, a par de um aumento pouco significativo da taxa de crescimento do PIB. Não sei se Sócrates também se regozija com o aumento vertiginoso das grandes fortunas, que se regista desde 2006. Mas a direita dos interesses e das negociatas, essa sim, está satisfeita. Não é por acaso que aplaude o Governo, embora nunca vote PS. Comparativamente com os anteriores Governos de direita, chefiados por Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, o actual Governo de direita, chefiado por José Sócrates, é seguramente muito mais eficaz. Então em matéria de arrogância e autoritarismo, pede meças…
O pior destes três anos de Governo está bem à vista: aumento do desemprego e da precariedade; diminuição substancial do poder de compra dos trabalhadores e dos reformados; subida vertiginosa das desigualdades sociais e alargamento do fosso salarial entre ricos e pobres; diminuição pouco significativa da pobreza extrema e aumento brutal da pobreza relativa, com empobrecimento crescente da classe média. Tudo isto, somado a enorme intransigência e a um profundo desprezo pelos sectores sociais e profissionais mais afectados pela crise, leva-me a concluir que, perante este balanço do Governo de Sócrates, o PS bem pode limpar as mãos à parede...
Não sou católico nem crente mas… Deus nos livre de mais maiorias absolutas, que com as maiorias relativas podemos nós bem. O problema de Sócrates é o de conseguir convencer um país exangue de que os resultados positivos desta austeridade brutal e a redistribuição dos frutos deste crescimento pindérico estão para breve. Sabemos bem que isso é falso, mas a mentira é hoje uma componente essencial do jogo político. E é bem provável que uma população em desespero ainda aceite iludir-se por mais algum tempo. Até ao momento em que a indignação extravase e a revolta rebente...

domingo, 16 de março de 2008

SÓ VISTO, CONTADO NINGUÉM ACREDITA


A juntar ao ambiente político nacional (ver o país

suspenso pelas ideias do líder do PSD ao nível das

quotas) temos o burlesco de um (vários) convite à Presidente

da Junta de Odivelas, ex-PS para uma viagem à ”manife” no Porto.

Amor com amor se paga. Convite aceite, chamada pelo móvel a marcar

lugar na camioneta posta à disposição dos socialistas de Odivelas.

Aos entupidos e aturdidos ouvidos do primeiro interlocutor seguiu-se

uma lamentável recusa (transmitida pelo organizador de serviço)

por não haver lugares disponíveis.

UM partido aos papéis e uma mulher de pêlo na venta.

Devia ser bonito de se ver o “ar da malta” no Lisboa-Porto-Lisboa.

Foi pena, quem não “os” teve no sítio, foi quem convidou.

sexta-feira, 14 de março de 2008

CASA ROUBADA TRANCAS NA PORTA

A PEDIDO DE "VÁRIAS FAMÍLIAS" PUBLICO O MEU CONVITE À PARTICIPAÇÃO.


Caro e Cara Camarada,

Seleccionei o seu nome de entre uma lista com cerca de 2000 inscritos na Concelhia de Odivelas do Partido, pelo seu perfil de idade, profissão e residência, convicto de que é sincera a sua vontade de continuar militante socialista, intervindo e participando nas decisões colectivas.

Convido-o a preencher a sua declaração de candidatura à CPCO que junto lhe envio, e desde já assumo o compromisso que será integralmente cumprido de que: os lugares na lista serão sorteados entre todos os presentes que se dignarem candidatar-se, em reunião especialmente convocada para essa formalidade.

O método de eleição da CP é um sistema proporcional: se tivermos (X) votos, elegeremos o nº correspondente de lugares. Se os nossos camaradas nos delegarem essa responsabilidade, voltaremos a ter uma CP onde as decisões serão colectivas e não a emanação da vontade de uma, ou duas cabeças que se considerem iluminadas.

Quem conhece a dura realidade de uma vida de trabalho, sabe que é humanamente impossível estar em todo o lado ao mesmo tempo. São tiques doutros tempos querer tudo e todos dominar, como diriam os nossos avós, “quem muitos burros toca algum fica para trás”, somos um PARTIDO SOCIALISTA, e não uma seita de partilha das benesses do exercício do poder.

Ser um bom Presidente de Câmara não é tarefa fácil, ser simultaneamente Presidente da CP, só poderá ser entendido como uma ambição desmedida e não consentir um controlo democrático.

As eleições são no próximo dia 7 Março (sexta-feira) nas secções de residência, as candidaturas terão que ser entregues até ao dia 26 Fevereiro (terça-feira), na FAUL. A nossa reunião de ordenação da lista será uns dias antes (convocatória será enviada).

Está nas suas mãos o futuro próximos da escolha dos nossos autarcas, quer nas Juntas, quer na Câmara, nas empresas municipais e mesmo nas diversas eleições internas. Se nada fizer, é o mesmo que dizer que os cargos de eleição são vitalícios.

Coloque a sua Declaração de Candidatura no envelope junto, e envie o mais rápido possível, afim de não termos problemas desnecessários com os inevitáveis atrasos que sempre ocorrem.

Por uma vida com LIBERDADE E RIGOR.

Ramalho dos Santos

Militante Nº 5097

ELEIÇÕES INTERNAS A PREÇO DE OURO

Exmos. Senhores

Comissão Técnica de Eleições da FAUL

Secretário Federativo

para a Organização da FAUL

Presidente da Comissão

Caro Camarada João Serrano

Odivelas, 11 de Março de 2008

Assunto: Eleição da Comissão Política Concelhia de Odivelas

Pagamento de quotas a militantes

Armando Fernando Ramalho dos Santos, militante n.º 5097 de 1 de Junho de 1975, vem apresentar a esta Comissão dúvidas quanto à correcta observância dos Estatutos do Partido, do Regulamento para a Eleição das Comissões Políticas Concelhias da Federação Área Urbana de Lisboa e do Regulamento de Quotas do Partido Socialista.

Cabe à Comissão clarificar o modo de pagamento de quotas e se algo de menos legítimo ocorreu no processo eleitoral para a Comissão Política Concelhia, no que diz respeito, concretamente, aos militantes da Concelhia de Odivelas.

O bom-nome dos militantes do Concelho está em causa e, caso se não tenha observado o rigoroso cumprimento do que está regulado, é meu dever de militante impugnar as referidas eleições.

Consta na esfera política local, que um elevado montante foi entregue ao Partido para liquidar um elevado número de quotas de militantes com atrasos superiores ao legalmente permitido. Comenta-se que foram pagas quotas de mais de dois (2) anos de atraso.

Um profundo mal-estar está instalado na comunidade, com custos de imagem para o Partido, sendo os seus militantes honestos desacreditados injustamente.

Publiquei nos jornais locais e em devido tempo que, sendo candidato às respectivas eleições, não pagaria quotas de ninguém e que considerava indignas tais práticas.

Assim Camaradas, aguardo a cabal prova que tais procedimentos não são verdadeiros e, consequentemente, que os resultados da respectiva eleição são legítimos.

Politicamente, além deste facto, há matéria mais do que relevante para que qualquer militante sério se indigne, é o meu caso.

Com os meus cumprimentos.

Ramalho dos Santos

sábado, 8 de março de 2008

ALGUÉM DEVE MUDAR DE VIDA

Não será admissível que não se tirem conclusões políticas deste desaire do poder em funções e se apontem os responsáveis por este descalabro e descrédito público das nossas instituições políticas. Uma lista apoiada pùblicamente e veementemente veiculada como sendo a única que representa o espírito do “rumo certo” político da presidente da câmara e da comissão política concelhia. Uma lista em que se alinham os pesos pesados em funções, a saber: o Vice-presidente da câmara, a vereadora da cultura da mesma câmara, o gestor único das empresas municipais, o ex-poderoso homem forte do desenvolvimento urbanístico de Odivelas, dirigentes associativos de relevo etc.. Todos vencidos por ex-jotas, que segundo algumas iluminárias eram controláveis, pois eram “dependentes económicos” dos lugares “oferecidos” por quem tudo pode, melhor dito podia. Vamos aguardar. Retaliações seriam de um profundo mau gosto, vindo de quem não pode em caso algum afirmar uma legitimidade política partidária incontestável.

O PODER DO DINHEIRO NAS ELEIÇÕES

No passado sábado, no expresso, José Seguro aborda este tema. Nestas eleições internas o poder vigente em Odivelas acordou tarde para a questão. Com a incompetência em cultura partidária habitual, sempre entretidos em pequenas e pouco dignas tramas politiqueiras, foi o pânico geral, não só tinham uma candidatura adversa como seria uma desonra ter um fraco nível de votação. Consta que a solução foi colocar dinheiro na resolução do problema, vários rumores afirmam que há pessoas disposta a dar testemunho de aliciamento nesse sentido. Com uma abstenção a rondar os 70% e acreditando não existir água benta na história, é permitida a seguinte reflexão. Votaram perto de 670 inscritos nos cadernos. Se o maior número destes não pagava quotas desde o segundo semestre de 2006 - data das últimas eleições internas – temos em valores redondos 600 x (2 euros x 18 meses) = 21.600 euros. Bonita maquia.

Consta à boca pequena entre os militantes normalmente credíveis que um valor aproximado foi apresentado nos serviços do partido. É a este último que se deve pedir esclarecimentos. Os estatutos são claros nesta matéria, o pagamento deve ser estritamente pessoal e individualizado. Se assim não foi, há motivo suficiente para a anulação das eleições. Estaremos perante uma violação grave dos estatutos. A credibilidade política do partido está em causa.