quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano Novo de 2010.

Viva o ano que está a chegar, o número até é simpático, agradável à vista e de aspecto elegante. Veremos. No entanto não seria justo o “abandono” do ano velho sem um pequeno balanço do “paratras-mente”, do que de mais significativo aconteceu na política, e para alguns no peso da carteira, à rapaziada cá do burgo.
Há quem afirme que: o povo é sábio quando é chamado a decidir em liberdade, direi em abono desta tese que também se poderá afirmar que escolhe sempre “do mal, o menos” ou ainda “mais vale cadeia que hospital”, etc. Um cem numero de tiradas semelhantes servem para confirmar o que se pretende dizer em qualquer sentido que seja.
A verdade é que nem é muito complicado verificar a validade e acerto de quem pensou “para pior, basta assim”. Como foi possível ao povo “sentir” o futuro no momento do voto?
O recente passado pós eleitoral veio confirmar que o “povo analfabeto” deu uma valente lição de análise política. Poderemos sempre dizer que foi o “dedinho que avisou”.
O que o futuro promete? Antes do povo fazer o seu julgamento arrisco afirmar que o melhor que ai vem será sem duvida o “comboio dos duros”, promessa do J.O. que, estou seguro, se cumprira. No entanto, justiça seja feita, devia ser mais adequado “o comboio do poder”, do passado, do futuro, do simbólico e não só.
O verdadeiro, o legitimo poder esta onde deve estar, e “todos sabem bem do que falo”. Feliz Ano Novo para todos.

P.S. uma boa promessa para o novo ano: a nossa camara municipal vai “aderir” à criação de lugares de director municipal. Isto é seguramente mais um acto de gestão em nome do povo e para o povo. Obrigado. Aceitam-se apostas para os felizes contemplados. Desde já se informa que em termos de financeiros e de mordomias estão equiparados a director-geral da função pública, verdadeiros vereadores não eleitos. Votos de que sejam competentes e muito felizes.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Boas Festas

"Acreditamos saber que existe uma única saída mas não sabemos onde está. Não havendo ninguém do lado de fora que nos possa indicá-la, devemos procurá-la por nós mesmos. O que o labirinto ensina não é onde está a saída, mas quais os caminhos que levam a lado algum”
Norberto Bobbio faleceu em 9 de Janeiro de 2004, em Turim, aos 94 anos de idade

domingo, 20 de dezembro de 2009

O País das omoletas.


Continuando a nossa conversa. O meu jovem camarada continua a falar de omoletas sem ovos, e de comer as ditas etc. Uma grande confusão vai aí nessa cabecinha.
A parte interessante é a de que vai insistir nas visitas ao blogue.
Vamos lá então falar de omoletas: a época é farta em ovos e não só, podem ser confeccionadas com variadíssimos condimentos e nos lugares mais inopinados.
Na sexta-feira passada, de visita à reunião da assembleia da câmara de Odivelas, havia omoletas para todos os gostos. A maior omoleta de todas era, sem dúvida, o Sr. “presidente em exercício”. A propósito, o meu caro camarada não me sabe dizer onde é que este freguês foi apanhar os seus opíparos ovos, e qual o mérito político, ou outros, que lhe descortina que justifiquem “mamar” a dita iguaria?
Não fuja que eu termino já.
Tudo aquilo era uma enorme omoleta, mais parecia uma alforreca tipo estádio de futebol, não faltou muito para ser uma enorme tourada, tinha tudo para o ser. A moral desta história meu caro e jovem camarada? É a de que esta juventude, a que chamas “ovos”, com a devida personalidade e capacidade política para optar, vai comer o que sobrar das omeletas que de uma forma ou de outra permitem que se transformem em verdadeiros Bolo-rei…
Se sobrar alguma coisa.
Mais uma omoleta digna de quadro de honra (Tribunal da Relação confirma envolvimento de Ricardo Rodrigues com "gang internacional”). In Publico 20/12/09. Da corrupção na sua terra-ilha, a líder contra a corrupção no país, por delegação de competências (?) do seu grupo parlamentar. Do “seu/nosso” PS.

BOAS FESTAS A TODOS

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

OBRIGADO PROFESSOR

in
http://tempoquepassa.blogspot.com/

O vazio de metafísica e a falta de bom senso, ou a democracia apoiada pelo défice democrático...


Leio a sondagem Aximage no Correio da Manhã: PS tem 32,5% e PSD 24,4%. CDS já vai nos 12% das intenções de voto. Cavaco volta a subir. Compreendo a propaganda do TGV. Entendo Almeida Santos quando reconhece a falta de bom senso de todos. Até do próprio reconhecedor do óbvio.


O sinal dado pelo bolinho de mel do jardim madeirense em São Bento, se é menos do que um queijo limiano, pode ameaçar a funcionalidade da confraria do azeite porteira. Até o PS já concluiu que a democracia pode funcionar com o apoio do que apodava como défice democrático. A velha raposa de Alberto João tornou-se lebre. Não tardará que todos tenham de engolir mais sapos vivos. Para o bem comum.


Se outro tivesse sido agredido como Berlusconi, o coro de solidariedade contra a violência seria uníssono, incluindo do nosso Bloco de Esquerda e dos habituais caça-fascistas da nossa praça. Desta feita, tudo se explica como uma espécie de vingança da mão divina através de um simples louco. Por outras palavras, a violência é sempre relativa, porque um bom revolucionário não pode ser humanista...


Os regicidas praticaram uma violência boa. O Júlio Costa, que assassinou Sidónio era louco. O massacre da Noite Sangrenta de 1921 foi a consequência deste paralelograma de forças. E o assassinato de Humberto Delgado, mero excesso de zelo de um funcionário que, graças à tolerância salazarenta, nem sequer recebeu uma maquiavélica reprimenda. Ficou protegida pelo segredo da Razão de Estado. Já não havia bom senso.


Todas as ordens normativas humanas, da moral ao direito, mantêm uma espécie de ligação primordial à pré-filosofia espontânea do senso comum, porque, por mais intelectual que seja o respectivo desenvolvimento, elas nunca conseguem quebrar as amarras que o ligam ao instinto. E ai do conhecimento, incluindo o científico, que deixe de ser um facto íntimo e próprio do espírito, para utilizarmos palavras de Antero de Quental. Aliás, o conhecimento científico, segundo o mesmo autor, constitui apenas a região média do conhecimento, entre o senso comum e o conhecimento metafísico.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Fraca memória a desta rapaziada.

Quando menos se espera, uma boa notícia vem como que espicaçar um lume já a caminho de borralho. Então não escreve mais nada no seu blogue? Tenho lá ido e não vejo nada. Confessei que nem me passava pela cabeça (o que era verdade) que alguém lesse o meu esquelético blogue, e promessa se seguiu. Em tua honra amanhã vou lá por uma prosa. Política por natureza como é óbvio, pois o simpático até é militante activo do partido. Na procura de assunto questionei como estavam as coisas, quem se estava pondo a jeito para candidaturas etc, banalidades. Aviso à navegação, não pense em candidatar-se, porquê? Indaguei. Tem andado fugido. Como meu caro? Eu fui banido, o partido local vive de seguidismo interesseiro, de “amiguismo” doentio, e por aí adiante a conversa foi sendo encurralada como de costume. Fraca memória a desta rapaziada.