quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano Novo de 2010.

Viva o ano que está a chegar, o número até é simpático, agradável à vista e de aspecto elegante. Veremos. No entanto não seria justo o “abandono” do ano velho sem um pequeno balanço do “paratras-mente”, do que de mais significativo aconteceu na política, e para alguns no peso da carteira, à rapaziada cá do burgo.
Há quem afirme que: o povo é sábio quando é chamado a decidir em liberdade, direi em abono desta tese que também se poderá afirmar que escolhe sempre “do mal, o menos” ou ainda “mais vale cadeia que hospital”, etc. Um cem numero de tiradas semelhantes servem para confirmar o que se pretende dizer em qualquer sentido que seja.
A verdade é que nem é muito complicado verificar a validade e acerto de quem pensou “para pior, basta assim”. Como foi possível ao povo “sentir” o futuro no momento do voto?
O recente passado pós eleitoral veio confirmar que o “povo analfabeto” deu uma valente lição de análise política. Poderemos sempre dizer que foi o “dedinho que avisou”.
O que o futuro promete? Antes do povo fazer o seu julgamento arrisco afirmar que o melhor que ai vem será sem duvida o “comboio dos duros”, promessa do J.O. que, estou seguro, se cumprira. No entanto, justiça seja feita, devia ser mais adequado “o comboio do poder”, do passado, do futuro, do simbólico e não só.
O verdadeiro, o legitimo poder esta onde deve estar, e “todos sabem bem do que falo”. Feliz Ano Novo para todos.

P.S. uma boa promessa para o novo ano: a nossa camara municipal vai “aderir” à criação de lugares de director municipal. Isto é seguramente mais um acto de gestão em nome do povo e para o povo. Obrigado. Aceitam-se apostas para os felizes contemplados. Desde já se informa que em termos de financeiros e de mordomias estão equiparados a director-geral da função pública, verdadeiros vereadores não eleitos. Votos de que sejam competentes e muito felizes.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Boas Festas

"Acreditamos saber que existe uma única saída mas não sabemos onde está. Não havendo ninguém do lado de fora que nos possa indicá-la, devemos procurá-la por nós mesmos. O que o labirinto ensina não é onde está a saída, mas quais os caminhos que levam a lado algum”
Norberto Bobbio faleceu em 9 de Janeiro de 2004, em Turim, aos 94 anos de idade

domingo, 20 de dezembro de 2009

O País das omoletas.


Continuando a nossa conversa. O meu jovem camarada continua a falar de omoletas sem ovos, e de comer as ditas etc. Uma grande confusão vai aí nessa cabecinha.
A parte interessante é a de que vai insistir nas visitas ao blogue.
Vamos lá então falar de omoletas: a época é farta em ovos e não só, podem ser confeccionadas com variadíssimos condimentos e nos lugares mais inopinados.
Na sexta-feira passada, de visita à reunião da assembleia da câmara de Odivelas, havia omoletas para todos os gostos. A maior omoleta de todas era, sem dúvida, o Sr. “presidente em exercício”. A propósito, o meu caro camarada não me sabe dizer onde é que este freguês foi apanhar os seus opíparos ovos, e qual o mérito político, ou outros, que lhe descortina que justifiquem “mamar” a dita iguaria?
Não fuja que eu termino já.
Tudo aquilo era uma enorme omoleta, mais parecia uma alforreca tipo estádio de futebol, não faltou muito para ser uma enorme tourada, tinha tudo para o ser. A moral desta história meu caro e jovem camarada? É a de que esta juventude, a que chamas “ovos”, com a devida personalidade e capacidade política para optar, vai comer o que sobrar das omeletas que de uma forma ou de outra permitem que se transformem em verdadeiros Bolo-rei…
Se sobrar alguma coisa.
Mais uma omoleta digna de quadro de honra (Tribunal da Relação confirma envolvimento de Ricardo Rodrigues com "gang internacional”). In Publico 20/12/09. Da corrupção na sua terra-ilha, a líder contra a corrupção no país, por delegação de competências (?) do seu grupo parlamentar. Do “seu/nosso” PS.

BOAS FESTAS A TODOS

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

OBRIGADO PROFESSOR

in
http://tempoquepassa.blogspot.com/

O vazio de metafísica e a falta de bom senso, ou a democracia apoiada pelo défice democrático...


Leio a sondagem Aximage no Correio da Manhã: PS tem 32,5% e PSD 24,4%. CDS já vai nos 12% das intenções de voto. Cavaco volta a subir. Compreendo a propaganda do TGV. Entendo Almeida Santos quando reconhece a falta de bom senso de todos. Até do próprio reconhecedor do óbvio.


O sinal dado pelo bolinho de mel do jardim madeirense em São Bento, se é menos do que um queijo limiano, pode ameaçar a funcionalidade da confraria do azeite porteira. Até o PS já concluiu que a democracia pode funcionar com o apoio do que apodava como défice democrático. A velha raposa de Alberto João tornou-se lebre. Não tardará que todos tenham de engolir mais sapos vivos. Para o bem comum.


Se outro tivesse sido agredido como Berlusconi, o coro de solidariedade contra a violência seria uníssono, incluindo do nosso Bloco de Esquerda e dos habituais caça-fascistas da nossa praça. Desta feita, tudo se explica como uma espécie de vingança da mão divina através de um simples louco. Por outras palavras, a violência é sempre relativa, porque um bom revolucionário não pode ser humanista...


Os regicidas praticaram uma violência boa. O Júlio Costa, que assassinou Sidónio era louco. O massacre da Noite Sangrenta de 1921 foi a consequência deste paralelograma de forças. E o assassinato de Humberto Delgado, mero excesso de zelo de um funcionário que, graças à tolerância salazarenta, nem sequer recebeu uma maquiavélica reprimenda. Ficou protegida pelo segredo da Razão de Estado. Já não havia bom senso.


Todas as ordens normativas humanas, da moral ao direito, mantêm uma espécie de ligação primordial à pré-filosofia espontânea do senso comum, porque, por mais intelectual que seja o respectivo desenvolvimento, elas nunca conseguem quebrar as amarras que o ligam ao instinto. E ai do conhecimento, incluindo o científico, que deixe de ser um facto íntimo e próprio do espírito, para utilizarmos palavras de Antero de Quental. Aliás, o conhecimento científico, segundo o mesmo autor, constitui apenas a região média do conhecimento, entre o senso comum e o conhecimento metafísico.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Fraca memória a desta rapaziada.

Quando menos se espera, uma boa notícia vem como que espicaçar um lume já a caminho de borralho. Então não escreve mais nada no seu blogue? Tenho lá ido e não vejo nada. Confessei que nem me passava pela cabeça (o que era verdade) que alguém lesse o meu esquelético blogue, e promessa se seguiu. Em tua honra amanhã vou lá por uma prosa. Política por natureza como é óbvio, pois o simpático até é militante activo do partido. Na procura de assunto questionei como estavam as coisas, quem se estava pondo a jeito para candidaturas etc, banalidades. Aviso à navegação, não pense em candidatar-se, porquê? Indaguei. Tem andado fugido. Como meu caro? Eu fui banido, o partido local vive de seguidismo interesseiro, de “amiguismo” doentio, e por aí adiante a conversa foi sendo encurralada como de costume. Fraca memória a desta rapaziada.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mas de que sucata estamos falando?



O nosso país anda em “pulgas” por um sucateiro andar a comprar políticos, banqueiros e gestores de “topo” nacional. Nada mais natural, os próprios portugueses elegeram o menos mau dos políticos do país.
Melhor não havia no mercado.
Se um sucateiro compra a “nata do país” é porque essa nata é só sucata.
E se a “nata do país” for investigada pelos negócios ditos lícitos?
Possivelmente vendem o que nunca existiu, bem isso já foi feito.
O mais certo é venderem a praça do Marquês de Pombal. Para quê? Para colocar lá, bem em cima, quatro braços de forca e fazer milhões com a votação de quem devem ser os primeiros candidatos a serem pendurados pelo povo.
Se um simples sucateiro compra a dita “sucata” e a vende a quem lha vendeu sem a retirar do sítio por dez vezes mais, o que não fará um jovem turco com os canudos todos das melhores Universidade deste mundo?
O Guterres e o Jorge Sampaio foram à prisão visitar um ex-ministro tido por pedófilo, será que o Sócrates irá visitar o Armando Vara na cadeia se este (cruzes canhoto) malhar por lá os costados?
O mais trágico seria o Armando Vara ir visitar o Sócrates a tão sinistro lugar, imagem surrealista, é bem verdade, mas os amigos são mesmo assim.
Nunca se sabe quem “avança” primeiro.
O que for se V(A)RÁ.




sábado, 31 de outubro de 2009

Corrupção: acordem, acordem! E recordem...



http://tempoquepassa.blogspot.com

A corrupção significa compra do poder. Onde há quem esteja disponível para a venda e quem o queira comprar. A única forma de a vencermos está em deixarmos de reduzir o poder político a uma coisa que se conquista. O poder tem que ser visto como relação. Desde logo com um sistema de valores, comunitariamente assumido.

Se a partidocracia se desleixar, ela pode tornar-se na pior adversária da democracia. Se as areias movediças deglutirem o sistema, pouca diferença faz. O pior será se ameaçarem o regime. Governo e oposição, parlamento e presidente, todos, têm o dever de cumprir a respectiva missão. Doa a quem doer. Ainda estão a tempo! Acordem! E recordem Alves dos Reis...

Rede, "connection" e, consequentemente, desconfiança pública face ao aparelhismo directo e indirecto do estadão não podem continuar a disfarçar-se. PS, PSD, CDS, PCP e BE, com a colaboração de Belém e de São Bento, deveriam dar sinais inequívocos de justiça sem justicialismo e de moral pública sem choradinhos moralistas. Basta o sincero arrependimento.
Certa rapaziada da política e do negocismo ainda não compreendeu uma coisa óbvia: os valores que hão-de imperar são precisamente aqueles que o homem comum tem nas suas simples relações interpessoais e familiares. A moral é só uma. A que os vai vencer em autenticidade. Aquela que os maquiavélicos dizem ser da política, do ter razão quem vence, é amoral ou imoral.

domingo, 25 de outubro de 2009

A esperteza rafeira é a última palavra da inteligência política

António Barreto, no Público de 24 de Outubro de 2009.

Referia-se aos políticos de baixa estatura que pouco se importam com os problemas do país, e se desse facto tinham verdadeira consciência.

Na nossa aldeia os problemas políticos locais têm a dimensão dos actores de província, mais pacóvios e sedentos, com manha e ambição à altura da gente crescida, é por isso que esta frase, que serve de título a este texto, se lhes aplica na perfeição.

As tiradas da candidata do PS no momento da vitória eleitoral, quando afirmou que “esta vitória não era do partido nem sua, mas sim do povo do concelho”, revelou a demagogia profunda de quem pretende uma ligação directa com o eleitorado, uma fusão entre entidades superiores. Está na moda os seres iluminados e predestinados, os guias para a salvação.

Descendo à terra, mais propriamente esta nossa de políticos mesquinhos e bacocos, local de morada de centena e muitos milhares de almas, que acreditam que os negócios políticos da autarquia estão em boas mãos. Analisando o que os jornais locais veiculam, nada de muito claro e digno se trama à esquerda e à direita, vamos por partes.

Pelo lado do candidato da coligação Hernâni Carvalho mais parece que este está pregando no deserto dentro da sua coligação, um fim de festa nada digno, parece que as tropas regressaram ao regaço do antigo “dinossauro” Fernando Ferreira, de regresso ao lar após a expedição falhada às altas andanças da política nacional partidária.

Só este é o negociador macio e conhecedor dos truques da casa, um verdadeiro triunfo se avizinha, uma vaga de fundo que veio para ficar, querem de volta o “querido” PSD que o malandro do Sr. Candidato da defunta coligação tão mal tratou. “Um acordo rápido chefe, pois os socialistas, perdão, a senhora presidente, está “agitando” os comunas só para nos fazer medo”.

Antes das eleições era meu desejo a vitória do meu vizinho Ilídio Ferreira da CDU, ganhava para todos nós a segurança dos destinos da nossa câmara municipal, era a situação mais desejada para mim, sem reserva mental, e ainda hoje tento fazer compreender a algumas cabecinhas porque razão perdeu umas eleições tecnicamente ganhas.

Não tenho dúvidas do que diz o Ilídio quando afirma “A CDU continua a ser uma força política importante para a vida do concelho” e é esse o seu grande erro, não existe a CDU mas sim o Ilídio Ferreira, e porque assim não entendeu, perdeu, tenho pena. A sua nobreza de carácter não lhe permite sair de cena sem “tratar” do último assunto pendente, tarefa a meu ver inglória, como se verá.

domingo, 18 de outubro de 2009

Venceu a manha, parabéns.


A vida é feita de sorte.

Para uns, para outros nem tanto, a verdade está no dito americano que afirma “trabalha que Deus ajuda”.

Foi o que fez José Sócrates, ao ver como as coisas do lado das oposições se desenrolavam. Nada de especial havia no horizonte, tentou, e ganhou.
Se as eleições para a Europa foram um desastre, uma espécie de aviso, muito bem, “vamos lá vender a pele do urso ao preço mais caro”, terás seguramente pensado.

Saiu-te a sorte grande com a Manuela do PSD, um verdadeiro maná para quem tinha uma sede do tamanho do mundo.

O sr.prof. do BE não esperava aquela das deduções fiscais, que qual guilhotina da revolução francesa se despenhou nas goelas da rapaziada da classe média.

O PC escondido atrás do avô credível e maternal para as criancinhas, procurando uma linha ideológica dos afectos? Não deu. O povo é muito mais sábio, não come beijinhos.

O Portas, e seus “submarinos”, estavam no papo de avanço, eram e são favas contadas.

Ganhas as legislativas com uma vitória para ti e para o PS ao melhor estilo de Pirro, só te sobra tralha, nada que um bom cozido e um tinto à portuguesa não afoguem.

Reciclas os ministros pescados aqui e ali, dá-lhes uma patine de legitimidade partidária e política colocando-os nos lugares cimeiros das listas a deputados e pronto.

De uma cajadada, uns terão emprego nos bancos do parlamento, outros, poucos seguramente, regressarão às lides da governação. Uns quantos só de passagem que a vida não se ganha aí, e os frutos são melhor colhidos na árvore e nunca caídos no chão.

A reboque de ti meu caro José Sócrates, o povo foi atrás do poder e votou numa seita que anda por ai nalgumas câmaras municipais como sobas em miséria africana, e que estava destinada a ir bater a outras portas.

Ganhaste também câmaras para uns aflitos de última hora, dando-lhes como que uma bênção. Não resultou em todas, mas deste o melhor de ti, mesmo a quem não te merecia.

Enfim, o país é todo teu.

Mas espera, esta história ainda não está acabada.

O que falta?

Um fim feliz para ti.

As pessoas normais já têm uma vida triste que chegue. Sem ti, dirás, seria muito pior.

É o que falta provar.

domingo, 11 de outubro de 2009

UMA SOCIEDADE LIBERAL E NÃO UTÓPICA

(Um pequeno excerto analítico da obra de Jonh Rawls “Uma Teoria de Justiça”)

Um parágrafo é dedicado em exclusivo ao princípio aristotélico (§65) que é resumido da seguinte forma: em igualdade de circunstâncias, os seres humanos retiram prazer do exercício das suas capacidades à medida que as capacidades são realizadas, ou à medida que aumenta a sua complexidade.

O princípio aristotélico é um princípio relativo à motivação, à medida que testemunhamos o exercício pelos outros das suas capacidades devidamente treinadas, essa demonstração dá-nos prazer e provoca o desejo de que deveríamos nós próprios ser capazes de fazer o mesmo. Queremos imitar aquelas pessoas que conseguem exercer as capacidades que descobrimos estarem latentes na nossa natureza.

Podemos afirmar que a dimensão da nossa aprendizagem e a importância que damos à educação das nossas capacidades inatas dependem destas capacidades e da dificuldade do esforço que é necessário para as desenvolver.

Um projecto racional, limitado como sempre pelos princípios do justo, permite a realização do indivíduo, tanto quanto as circunstâncias o consentem, bem como, tanto quanto for possível, o exercício das suas capacidades.

Rawls fecha esta parte concluindo: dado que estes princípios se ligam ao bem primário do respeito próprio, eles acabam por ter uma posição central na psicologia moral que subjaz à teoria da justiça como equidade.

Por fim propõe uma teoria ampla que nos permite distinguir diferentes tipos de valor moral, bem como a sua respectiva ausência, considera que assim podemos classificar o homem justo, o homem mau e o homem perverso.

Há quem, o homem injusto é um deles, procure a obtenção de um poder excessivo, isto é, de uma autoridade sobre os outros que vai além daquilo que é permitido pelos princípios da justiça e que pode ser exercida de forma arbitrária.

O homem mau deseja obter poder arbitrário porque tem prazer com o sentido da importância que o seu exercício lhe dá, e pretende obter prestígio social.

O homem perverso pelo seu lado, aspira à obtenção de um domínio injusto, precisamente porque tal domínio viola aquilo com que os sujeitos independentes concordariam numa posição original de igualdade. O que move o homem perverso é o amor da injustiça: tem prazer com a impotência e a humilhação daqueles que lhe estão submetidos e fica satisfeito quando é por eles reconhecido como o autor voluntário da sua degradação.

Quando a teoria da justiça é reunida à teoria do bem, forma aquilo a que Rawls nomeia a teoria ampla.

Estão assim reunidas as mais importantes armas da teoria rawlsseliana que permitem desbravar toda a riqueza da análise com que o autor aborda todos os cantos, mesmo os mais escuros, das características humanas da sua obra repleta de um conhecimento profundo do homem em si, da sua natureza e do seu meio envolvente, e o que a este compete decidir para obter uma sociedade mais justa, tendencialmente igualitária, e onde não sejam reprimidas as características naturais, o conhecimento e o desejo de perfeição. Uma sociedade Liberal e não utópica.

Foi um grato prazer intelectual a leitura da obra deste autor que, em princípio, estaria longe de procurar na perspectiva de encontrar as soluções para um mundo em completa indefinição ideológica e de moral relativizada ao extremo.

Encontrei numa obra de referência. A que voltarei com redobrado prazer.

Lisboa, 11 de Outubro de 2009

Boa viagem. (não é desta)


Sobre a
Crónica Tempestiva
No Diário de Odivelas
Carlos Manuel Castro

Este escrevinhador mais se parece com um disco riscado. Não é em vão, é pago para isso, e os contratos são para se cumprirem. Para as pessoas desprevenidas até pode parecer um verdadeiro e legítimo apaixonado pela obra da Presidente da Câmara.

A realidade é bem outra, e este cavalheiro, se fosse minimamente honesto, devia começar os seus artigos declarando quanto ganha ao serviço desta senhora, e qual é o seu papel na constelação dos dependentes financeiros pagos por todos nós.

Escreve sobre “a grande obra” da senhora presidente, que lhe alimenta o ventre, mas não lhe basta, desqualifica todos os outros candidatos, sem olhar à mais elementar decência ou decoro devido ao respeito a todo e qualquer um, e, em especial, a quem se expõe ao escrutínio eleitoral dando conta das suas convicções para o bem comum da comunidade.

O seu único bem, que tenta canhestramente preservar, não é legítimo como já afirmei, pois está a ser pago por todos nós, e seguramente não deve ter qualquer função digna desse nome nos serviços da câmara, é só mais um dependente da gamela.

Tenha juízo, o fim de festa, de uma forma ou de outra, está mais próximo do que julga.
O seu vómito regular deverá ir para outras paragens. Boa viagem.

Armando Ramalho

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MATEI AS SAUDADES QUE TINHA

Quinta-feira 8 de Outubro de 2009 pelas oito da noite, no pavilhão municipal do Bairro Olaio, a três dias da votação para as autarquias municipais, estava presente pela primeira vez numa festa de encerramento de campanha eleitoral da CDU.

Não tinha ideia de ser conhecido de tantos comunistas de Odivelas e estranhei que muitos se dignaram cumprimentar-me com expressivo prazer de me verem na sua festa de partilha e de júbilo, como nos casamentos felizes onde todos são família ou aceites como tal.

Não mudei de partido, e creio que todos o sabiam, nem tão pouco alguma vez me passou pela cabeça virar a cara a 35 anos de militância no partido socialista.

Caso o meu estimado vizinho Ilídio Ferreira entretanto, e com a ajuda dos habitantes desta terra, com sete freguesias e com dezenas de milhar de eleitores, não der à candidata a respectiva guia de marcha para outras paragens, não vou fugir a uma boa pega de caras ao bicho mau que dizem andar à solta pelas ruas de Odivelas, mais lá para a frente a pega será consumada e alguém vai sair da praça para curativos profundos.

No caso de ser um comunista a evitar-me trabalhos, fico devedor de mais um combate ganho para a democracia, a juntar ao já vasto rol em vosso favor nesta luta sem fim.

Convite aceite em boa hora, boa festa, melhor companhia, camaradas sem vergonha de o serem, alegria sincera, caras lavadas e honradas, como uma colmeia determinada em que cada um parece ocupar o seu lugar sem reserva mental ou despeito.

Uma certa felicidade estava no ar.

Obrigado Ilídio Ferreira pelo convite, tinha saudades de fazer política com
Gente Séria, solidária, onde a vida corre com normalidade natural com cada um consciente de contribuir para o bem comum.

Tive pena de não poder acompanhar a letra do vosso Hino, não seria digno nem justo se não confessasse que fiquei comovido pelo sentimento que se desprendia das vozes marteladas pela convicção e um sentir de alma bem profundo.

Matei saudades da paixão de viver a política como entendo que deve ser vivida.

Que ganhe, são os votos de um socialista que faz o que pode por Odivelas, pela democracia e pela liberdade.

Armando Ramalho


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Autárquicas ou agências de promoção imobiliária?

Ontem, fui, de fugida, a um dos palácios da cabeça de um reino que já não há, mas que ainda pensa ser capital e corte. Todos discutiam, nos seus passos perdidos, que o ministros seriam Luís ou Jaquim, devido à doença secreta do Trajano. Confirma-se que o poder continua a ser conspiração de avós, nascidos na I República, e netos, que brotaram na era dos jotas. A Eslováquia já está à nossa frente!


Gostei dos cartazes autárquicos. Estão cada vez mais parecidos com os das agências de mediação imobiliária, onde o candidato a presidente se veste de promotor da dita, para que os patos bravos continuem a instrumentalizar a política.


Abri o "mail", talvez contaminado, e notei como, por falta de tratamento de resíduos mentais, estávamos todos a ser transformados em cloacas de campanhas negras. Um candidato, agora, é dado como neto do assassino político de um presidente, só porque tem terminação homónima, embora não se importem, e bem, de certa duquesa ser descendente de um dos conspiradores do regicídio.


Como devemos ser todos descendentes de quem fundou o reino há oito séculos e mais de meio, cheguei à conclusão que o mal da endogamia nos transformou em manicómio em autogestão, onde até entregam o microfone da análise a figuras que não reparam que há mais de uma década andam todas a fazer setenta anos todos os dias.


posted by JAM | 10/07/2009 08:56:00 AM
Sobre o tempo que passa.blogspote.com

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O EMPLASTRO DE ODIVELAS?

Fim de festa Socialista da “expressiva” vitória nas Legislativas de 2009, pelas 00.32 já segunda-feira 28.9.09, a SIC esticava os directos frente ao Altís com os Ministros do Trabalho e da Saúde, as questões eram as mais pífias possível - “estão disponíveis para o próximo Governo”? – Resposta óbvia “quero é descansar, boa noite”.

O inesperado foi ver no campo de visão das câmaras de TV um grupo que tentava imitar o famoso emplastro do Porto http://www.youtube.com/watch?v=kKJSph-P-1k muito mais castiço e dedicado à causa de ser visto que qualquer alienado político.

O dito grupo parecia esperar por ser entrevistado, pois não se vislumbrava viva alma em toda a rua, mas, surpresa das surpresas, o grupo era constituído nem mais nem menos, pela senhora presidente da Câmara de Odivelas e recandidata, o seu futuro Vice (cruzes canhoto) que se afastou a dado momento, por pudor imagino, o inconfundível Presidente e também recandidato à junta da Pontinha e Família.

Seria um bom golpe publicitário com tempo extra em nossas casas, para compensar o excesso de presença na TV por motivos profissionais do candidato da coligação, mas, espanto geral, o interesse na coisa era somente acompanhar o campo de visão, pois tiveram que fazer um ajuste de movimento lateral acompanhando o enfiamento das câmaras de TV quando estas passaram do Ministro do Trabalho para a Ministra da Saúde.

Entrevista népia foi só emplastro alienado, risinhos nervosos e falta de decoro.

O desagrado do homem da SIC era bem visível pela presença de tão estranho casting.

Eu não queria acreditar, mas a realidade supera a minha imaginação.

armando.ramalho@sapo.pt
http://odivelaslivre2008.blogspot.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

primeiro lugar da trincheira

“Daqui a dois dias todos estarão a comentar as sucessivas vitórias de Pirro de cada um dos concorrentes. Fernando Pessoa tinha razão quando observou que em muitos casos vencer equivale a ser vencido. Porque se todos ganharem, todos seremos vencidos. Eu preferia que entrássemos num novo ciclo de clarificação. E se o povo quiser mesmo uma maioria de esquerda, julgo que se tem de respeitar a vontade de quem mais ordena. Por mim, estarei no primeiro lugar da trincheira e continuarei frontalmente do contra, mas jamais votarei útil. Votarei em quem contratualizar a gestão da minha carteira pessoal. Isto é, no menos corrupto.”

Blogue de Adelino Maltez
http://tempoquepassa.blogspot.com/

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dez conselhos para homens livres

….”Porque todos querem flutuar como rolhas, nas ondas do pensamento dominante.

10 Não precisamos de menos Estado. Precisamos de mais república, de mais comunidade, de uma democracia que não se volte contra o povo e que as autarquias locais e regionais não sejam direcções-gerais ou governos civis. O máximo de público sempre foi o contrato das horizontalidades. O que vem de baixo para cima. E de dentro para fora. Contra a hipocrisia inquisitorial que nos transforma em mentira generalizada, com mais cobardes do que corajosos. Dos que são antes de quebrar que torcer, porque vivem como pensam”.

http://tempoquepassa.blogspot.com/

posted by JAM | 9/18/2009 10:07:00 AM

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O ESTADO DA NAÇÃO

Fonte: INE, Estatísticas do Emprego - 1º Trimestre de 2009 –

No 1º Trimestre de 2009, 1.577.100 trabalhadores por conta de outrem, ou seja, 40,6% do total recebia um salário líquido inferior a 600 euros por mês. Apenas 483,1 mil, ou seja, somente 12,4% do total, tinham um salário líquido mensal superior a 1.200 euros por mês.

Os que recebiam mais de 1.800 euros por mês eram apenas 3,8% do total.

É a estes trabalhadores, em que 67 em cada 100 recebe menos de 900 euros por mês que se pretende congelar ou reduzir mesmo os salários com o pretexto de que isso é necessário para enfrentar a crise actual.

Vítor Constâncio, uma personalidade que não se tem caracterizado por defender os interesses dos trabalhadores portugueses; muito pelo contrário, já veio dizer que isso só agravaria a crise. Efectivamente, numa crise como a actual em que a quebra na procura constitui a causa principal, a redução dos salários só a agravaria, na medida que determinaria uma maior quebra na procura e a subida acentuada do incumprimento nos pagamentos.

Assim, segundo o INE (Quadro I), no 1º Trimestre de 2009, 1.577.100 trabalhadores por conta de outrem, ou seja, 40,6% do total de trabalhadores tinham um salário liquido inferior a 600 euros por mês.

Apenas 483,1 mil, ou seja, 12,4% do total, recebiam um salário líquido mensal superior a 1.200 euros por mês. Os que recebiam mais de 1.800 euros por mês eram apenas 3,8% do total.

QUADRO I – Repartição dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal em número e em %
por escalões de rendimento salarial mensal liquido – 1º Trimestre de 2009

DESIGNAÇÃO

PORTUGAL

Trabalhadores por conta de outrem – Mil

3884,5

% Total

Escalão de rendimento salarial:

Mil


Menos de 310 euros

147,8

3,8%

De 310 a menos de 600 euros

1 429,3

36,8%

De 600 a menos de 900 euros

1 027,8

26,5%

De 900 a menos de 1 200 euros

400,4

10,3%

De 1 200 a menos de 1 800 euros

335,4

8,6%

De 1 800 a menos de 2 500 euros

101,4

2,6%

De 2 500 a menos de 3 000 euros

23,0

0,6%

3 000 euros e mais euros

23,3

0,6%

NS/NR

396,0

10,2%

Até 600 euros

1577,1

40,6%

Até 900 euros

2604,9

67,1%

Até 1200 euros

3005,3

77,4%



COMO VEREMOS BREVEMENTE O POVO PORTUGUÊS É SOBERANO. SERÁ?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

OS GUARDIÃES DAS TÁBUAS DA LEI !!

Um bando constituído há cerca de 2 anos e que tem vindo a conspirar contra o poder instalado,planeava um sórdido ataque organizado a Odivelas e ás sete freguesias do concelho com o claríssimo intuito de defender os direitos dos cidadãos,a liberdade de expressão e o exercício da cidadania (uns malandros),foi ontem travado pelo Tribunal Constitucional devido á gloriosa intervenção dos representantes do Partido Socialista local.

O PS apercebendo-se que este bando podia colocar em causa o excelente funcionamento do Município e a extraordinária gestão autárquica que tantas alegrias tem dado aos Odivelenses e pressentindo o perigo que este grupo de cidadãos independentes,pessoas cujos postos de trabalho não dependem da autarquia,que não têm necessidade de defender acessorias políticas,que não devem favores aos poderes instituídos nem têm de nenhuma forma a sua opinião estrangulada pelo longo e comprido braço do poder e do próprio sistema,não deixou passar em claro a situação.

Corajosamente,os socialistas de Odivelas agiram de imediato fazendo entrar em Tribunal uma impugnação aos desidérios desta gente maldosa e com pretensões de desestabilização dos valores supremos desta harmoniosa gestão municipal.

Felizmente que ainda há forças politicas como o PS que sabem agir como guardiães da cidadania sempre alerta contra situações de risco de desenvolvimento do espírito cívico dos cidadãos que convém manter venerandos e obrigados.

Se não fosse esta grandiosa,histórica e memorável acção do Partido Socialista os Odivelenses corriam o sério risco de ver a democracia no concelho desenvolver-se podendo inclusive (atentem bem ao perigo) ter na Câmara e nas sete freguesias representantes deste bando de malfeitores que apenas se propunha participar na vida da autarquia.

Resta-me a mim e ás 5000 pessoas que andavam a ser enganadas por estes impostores,dar um enorme e sentido agradecimento ao Partido Socialista por este acto nobre e de grande coragem do qual devem com toda a certeza estar orgulhosos.

MUITO OBRIGADO PS ODIVELAS ! BEM HAJAM !

NO DIA 11 DE OUTUBRO AGRADECEREMOS NAS URNAS.

JOÃO RAMOS SILVA – Candidato do MOC-MOVIMENTO ODIVELAS NO CORAÇÃO á Assembleia de Freguesia da Póvoa de Sto.Adrião. - O meu blog - http://joaoramosilva.blog.com/

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

quase fúnebre mas nunca tétrico

Caríssimo Leitor, estamos perante o que considero ser um verdadeiro fenómeno jornalístico da nossa terra de Odivelas. Os jornais locais (três) na sua primeira edição pós férias, são o juízo final na forma do equilibrado comentário e análise que me foi dado ler em tempo de paz. Sentido, que direi mesmo pungente, quase fúnebre mas nunca tétrico. Embora os defuntos abundem, em princípio descarnados, logo não têm dor, alma já não direi. A que deus estas boas almas de jornalistas se votaram para se parecerem mais a múmias, muito longe da opinião critica de acordo com o clima de eleições em que se vive.
Mistérios que a natureza tece ou será a mão divina?
É sempre bom, em casos estranhos, revisitar o que aprendemos com S. Tomás de Aquino: a lei de Deus não é escrita e este não escreve seguramente para jornalistas.
Das três leis seguintes, vamos ver a que se encaixa nos seus propósitos. A lei divina é a que ilumina quem quer chegar a Deus, não é caso dos estimáveis e hábeis fazedores de opinião, e muito menos dos socialistas quando estão no poder. A lei dos Homens serve para estes se regularem sem se meterem em cavalarias altas, como estão a voar tão baixinho, seguramente por medo das alturas, também não se aplica. Só resta a lei da natureza, e creio ser esta a que se adequa aos seus votos. Do que trata esta lei?
O primeiro princípio, “que cada um deve tratar os outros como gostaria de ser tratado”. Pode tomar formas diversas, como “não faças aos outros o que não queres que te façam a ti”. Esta lei é uma boa lei porque está bem acima da lei positiva, a dos Estados (do poder). Deve ser isso e nada mais do que isso. Um único senão, há uma ligeira notícia escondida (por força do comando natural seguramente) que a ser verdade dá prisão.
“…que uma alta entidade do condado Odivelense (…ia acompanhada por uma pessoa alta de baixa identidade.) esteve lá (loja do cidadão) para ver os assentamentos punitivos por violações à Lei do independente HC.” (Hernâni Carvalho?)
in Nova Odivelas de 4.Setembro 2009 pag.15 “Nobres Confissões” 2ª coluna, 10ª linha e seg. de Maria Ricardina de Marmelo e Sá, Viscondessa da Memória.
Concluindo, não se devem martirizar com os malvados 3.000.000 de votos errantes, os bons filhos à casa tornam, o nº da porta é que pode ser outro.
Que gozes na paz que te acompanha caro leitor, os dias benditos e à borla que aí vêm por serem da natureza. Vai ser bonito seguramente para quem estiver acordado.

Armando.ramalho@sapo.pt
http://odivelaslivre2008.blogspot.com

quando o terceiro candidato tira apoio eleitoral a um dos dois candidatos principais.

Espero que seja um contributo oportuno.

A adesão do voto está relacionada com a dependência e o altruísmo do eleitor, são os dois focos psicológicos que nos propõe Júlio J.Rotemberg, no seu recente trabalho de Setembro de 2007 cujo título original é “Attitude-Dependent Altruism, Turnout and Voting”.
Os dois focos podem ser resumidos nas seguintes formulações: as pessoas são mais altruístas com quem concorda com as suas ideias, a segunda é de que o bem-estar e a auto estima da pessoa aumenta quando entende que outras aderem ou partilham as suas opiniões pessoais.
O seu modelo de análise pretende demonstrar que ninguém vota por ser fácil ou por obrigação moral, e que a participação eleitoral aumenta na proporção directa da cultura e informação dos indivíduos.
Outras características de voto são propostas para análise: como por exemplo a votação no “terceiro” candidato ou o voto “estratégico”, quando o terceiro candidato tira apoio eleitoral a um dos dois candidatos principais.
É uma realidade que o terceiro candidato pode fazer pender a eleição de um candidato favorito retirando votos indispensáveis, também refere que, pelo facto do voto não ser decisivo pode levar o eleitor a votar no terceiro candidato, enviando assim sinais aos outros eleitores e candidatos.
O seu modelo confirma que a participação aumenta quando há incerteza no resultado, e que os eleitores bem informados estão mais predispostos a votar e muito pouco preocupados com os protagonistas principais e centrais.
O contrário é também verdadeiro, as pessoas menos informadas são mais propensas para a abstenção ou para o voto em branco.
Nem a utilidade do voto ou o sentimento do dever comprido determina o padrão destes votantes. O erro de “casting” existe quando se vota para castigar alguém, em vez de votar com quem se concorda especialmente nas questões de fundo.
Quando o voto beneficia um pequeno número de indivíduos, o eleitor prefere votar num candidato com fracos apoios. Ao proceder assim, pretende ajudar o candidato mesmo considerando uma baixa empatia com ele.
Este modelo explica desta forma os votos nos candidatos que não têm probabilidade de vitória, e demonstra que as pessoas estão mais dispostas a votar num candidato quando acreditam que há mais pessoas a favorecerem o mesmo.
A lógica implica que neste modelo a votação de um indivíduo não depende apenas de ele gostar do seu candidato, mas também se gostam dele outros apoiantes.

armando.ramalho@sapo.pt

sábado, 5 de setembro de 2009

"OS MANDARINS"

Caro amigo, porque continuo a ser socialista? Seguramente não é por ter um Sec. Ger. com a folha de serviços do Sócrates, mas sim porque espero poder um dia provar porque é que o grande capital faz e desfaz governos de direita ou de esquerda.

Que o povo e o voto, como o primeiro já se deu conta, são só para a credibilidade do sistema, pouco servem para por o “dinheiro” em mãos de gente séria.

Não sou comunista nem lá perto, capitalista é uma impossibilidade natural e filosófica, se me ofenderes vais por mau caminho, mais calcas o teu desnorte opinativo.

Tratas por pulha e histérico o (João Pereira Coutinho) que nunca te ofendeu?

É bem certo que para este peditório de pensar o que poderá pensar quem tem os cordelinhos destes actores de feira de aldeia de 4º categoria (sócretistas e manelistas) já só dá quem deve por dever ou por puro deleite concursivo para ver quem tem maior capacidade de ter a ideia mais estapafúrdia que o vizinho.

Há uns tempos não muito distantes, a banca parava o crédito quanto este pulava uma barreira relativa com as entradas de dinheiro fresco na conta. Era um método tão bom como qualquer outro. O certo e sabido que a partir daí o fim estava próximo.

Quem hoje quer ser “mandarim” nas finanças deve ter os meios de informação suficientes para vergar os políticos de meia tigela,
e a quanto deve montar o “calote” em jogo para estes cavalheiros? Nunca menos de 1.000 Milhões de Euros.

Só assim faz sentido manter um jornal eternamente em défice ou uma televisão numa semi-áfrica ou quase numa cochinchina. Quanto ao mais são favas contadas.

Um abraço

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nesta época de cobardia...

“Nesta época de cobardia, onde bailam muitos dos calculistas que se querem ministerializar, incluindo a hipótese de um PS sem Sócrates e de um PSD sem Manela, espero que as tais personalidades autoritárias, que produziram inúmeros casos de micro-autoritarismo sub-estatal, sejam devidamente condicionadas por uma federação de revoltados populares, que usem a arma do voto, não para a criação de césares de multidões, mas para o necessário golpe de Estado sem efusão de sangue, como Karl Popper definia a democracia. Um novo Camilo Castelo Branco tem de voltar a escrever a urgente "queda dos anjos".”

(Adelino Maltez, 24/8/2009 http://tempoquepassa.blogspot.com )

Se implico o catedrático em ciências políticas transcrevendo o final do seu texto é porque considero que o seu apelo à “arma do voto” é muito oportuno e legitimo e vem a propósito para abordar a autoritária local, na forma de candidata pelos socialistas.

Se motivos e razões políticas não me faltam para desancar a candidata do PS à nossa câmara municipal, estava no entanto longe de mim dedicar mais tempo a tal tarefa.

As últimas notícias no entanto são muito perturbadoras e graves para não voltar ao tema do despudor e senda tirânica de contornos de Pit Bull enraivecido pelo ódio à democracia ou a qualquer um que ouse contestar a sua “esclarecida personagem”.

Como já mandou às urtigas a democracia interna do PS local com a ajuda da manha e do mando que o poder de um presidente de câmara nos dias de hoje pode potenciar.

Destempero alienado vai ao extremo limite de pretender vergar tudo e todos com os mesmos truques reles e mesquinhos de eliminar outros candidatos pretendendo que a Lei e Justiça sejam seus coniventes.



Inimaginável mesmo para quem tinha pretensões de bem conhecer a “peça” e a sua total falta de nobreza política que o descaramento a levasse a tentar manipular a vontade popular, que só tem a arma do voto, impugnando a lista dos candidatos independentes do MOC (Movimento Odivelas no Coração) em tribunal por questões burocráticas e não políticas, segundo julgo saber pelo facto de o nome dos candidatos não estar na forma extensa mas sim pelos nomes pelos quais são conhecidos, imaginando a mesma cumplicidade servil nos Juízes como a dos que labutam pela sobrevivência bajulando sua Ex.ª a Senhora Presidente.

Pouco esclarecida politicamente, pois não se dá conta que a ter êxito com tal “golpe”, seguramente estes candidatos frustrados pelas teias da Lei e pela sua bufaria interesseira criariam uma tal revolta que todos se voltariam contra a sua tão desejada reeleição, ou será somente para colocar os correspondentes processos de expulsão aos que ainda estejam inscritos no “seu” partido?

Como a democracia ainda não é tapete onde limpem os pés os que se julgam imunes e superiores, vai doer. Creio que já não dormem bem só de pensarem que em breve regressarão à sua triste condição de gente sem honra ou dignidade para serem considerados democratas.

Uma democracia que se respeite não deveria permitir esta corrupção de propagada que polui a cidade e ofende a condição de igualdade de todos os candidatos. Há países em que o espaço é igual para todos e a sua colocação é feita e regulada pelas câmaras, mas isso é outra Europa.



http://odivelaslivre2008.blogspot.com

sábado, 29 de agosto de 2009

.....homem da mala à medida.....


Há sempre um homem da mala à medida de uma qualquer “Líder”, cada qual escolhe o que quer, ou aproveita o que pode.

Regra geral, em Agosto cada um faz um pouco o que lhe apetece, o que não pode normalmente fazer durante o ano, por uma razão ou por outra, ou por várias.

Por mim confesso que melhorei a casinha com pinturas e outros mimos, em que trabalhos uma pessoa se aventura!

A idade, a nossa e as das coisas, não perdoa, e reorganizar é preciso e necessário.

Quando passeio o cão, por rotina e sem me dar conta, dou por mim no espaço urbano mais digno desse nome em Odivelas, na nova rotunda “Arnaldo Dias”. Possivelmente o gesto político mais digno dos nossos políticos em fim de mandato tenha sido o de dar o nome de um homem com obra feita neste concelho a um conjunto emblemático da “futura” Cidade.

É neste espaço de Odivelas, onde quase tudo se junta, o novo e o velho urbanisticamente falando mas não só, como veremos, que damos de caras com o espavento do “novo-rico” em forma de anúncio cinematográfico, campanha política do tipo império romano. Como a foto testemunha, temos vários cartazes vendendo o que podem, os dois mais imponentes são de duas mulheres políticas lado a lado. Felizmente para quem aqui mora, não disputam o mesmo cabaz de compras. Isto é, não são as duas candidatas a presidente desta câmara municipal. Seria o bom e o bonito. Se ambas mandassem colocar nas nossas barbas o mesmo número de gigantones.

Uma é do campeonato nacional, daí o facto de ter repartido o dinheirinho por outras paragens, a outra do concelhio, e para que saibam quem manda e quem pode, está em tudo o que é lado, começa a ter um efeito de assombração, mas nem por isso deixam de ser muito semelhantes.

Tirando a idade e os arranjos dos artistas pintores, com os retoques que tudo melhoram, o que poderemos observar de tão singularmente semelhante? Ambas são moralistas e exigentes, a mais nova despacha uma ideia feita “se conhece confia” quer facturar votos, atirando “se não confias não és de confiar”, apela à honestidade e gratidão de que se julga credora. Cada um transporta em si mesmo por mínimo que seja, um critério de justiça e como ninguém gosta de ser ingrato ou ignorante pode ser apanhado no truque. Esta candidata é muito “acertiva” e não falha nas suas ambições, vai fundo na manipulação do apelo escondido, é uma mestra “muito determinada” na arte de querer que lhe seja dado o que quer, julga que todos os golpes, uns mais baixos que outros, lhe são permitidos.

A mais ida nos anos lembra maternalmente “se não podes pagar, é teu dever avisar a quem deves”, o mais vulgarmente entendido por “quem não tem bois não promete carrada”, a cantilena é a mesma, uma “pessoa séria como eu”, impõe-se como conclusão, só pode estar de acordo. Quer o voto dos sérios, os que não prometem nada. Também os há por aí é bem certo, mas raramente em política .

Ambas têm em comum um homem da mala, a mais nova contenta-se com o da Mala Posta, um cavalheiro a quem chama Dr. Máximo, a sua magna invenção como gestor de tudo o que mexe politicamente para os lados do PS cá do burgo.

Convidou este homem a quem fez presidente da Mala Posta Empresa Municipal, (“muito bem posta”, atendendo a que esta tinha um orçamento semelhante ao subsidio financeiro que lhe atribuía como presidente de câmara, o que não é legal, como ficou provado pelo Tribunal de Contas), para seu Vice na lista e possível futuro na câmara, se não houver azar nas eleições. Mas pode ainda ficar como número um se a candidata resolver mudar de ares em caso de derrota, o mais provável e possível. Seria conveniente exibir publicamente o seu certificado de habilitação académica não vá o povo começar a espalhar o rumor de que ninguém ainda viu a legitimidade do reverente tratamento de Dr. Há quem o tenha reclamado, como a Lei obrigava, quando foi admitido ao serviço da ex-vereadora Graça Peixoto no anterior mandato, mas “népia”. A justiça tem mais que fazer e isso são só detalhes.

A mais velha de seu nome Ferreira Leite, Presidente do PSD e candidata a primeiro-ministro prefere “aquela máquina”, como é conhecido no ambiente partidário o “homem da mala cheia de notas”, de seu nome Ramos Preto, ex-deputado, que de recurso em recurso lá vai evitando os tribunais e possivelmente a prisão. Sem jeito algum que valha um caracol afirma que o dito cujo “já era deputado” quando tomou conta do “estaminet” (PSD) e o facto de ele estar a contas com a justiça “não é problema meu”, afirmou.

Parei aqui para ir ver os ciclistas a subir a Senhora da Graça. Como é gratificante poder ver, apesar dos “dopings”, que quem tem unhas é que toca guitarra. Só quando a política for feita de gente passada ao crivo do mérito “per si” teremos algum dia verdade, honra e dignidade em política.

Voltando ao tema das semelhanças entre estas duas senhoras candidatas, adiantaremos algumas, poucas mais, porque a lista é longa e não é meritória para a democracia.

A mais nova deu ao partido local, o PS, um tratamento de ralé, “isto é meu”, eu avoco eleições onde não ganha quem eu quero. Por mais que alguém berre ou impugne o seu abuso de poder, por ora na Jurisdição partidária, por corrupção no pagamento das quotas dos militantes nas últimas eleições para e em toda a concelhia. Qualquer coisa a rondar os 50.000 euros. Violando as Leis do partido e do país. Depois deste caso o PS reduziu o valor de 50% às ditas quotas, que são hoje apenas de um (1) euro mensal, o que vai facilitar a vida do caciquismo local, no mínimo com efeitos práticos em quem paga, seja lá este quem for.

A comissão jurídica distrital do partido ainda não deu resposta ao autor da impugnação e destas linhas. Possivelmente nem dará. O seu presidente, Mateus Roque, há mais de um ano que não conseguia organizar uma reunião com quórum, e quando finalmente este estava estabelecido, a má sorte de um A.V.C. não permitiu que se cumprisse a sua palavra de honra. Sei que já foi formada uma decisão pelo órgão, só não me foi ainda comunicada. Por mim, meu caro, melhora tranquilamente, o teu nome e passado nada têm a ver com os oportunistas deste calibre.

As “boas acções” da líder do PSD não se ficam por menos, mandou às urtigas a vontade política de algumas distritais assim como o candidato e “companheiro” que representa tanto como ela, cerca de 30% da vontade soberana dos inscritos no partido.

É o regresso do velho tempo do “quero posso e mando”, também não vai longe. O povo pode ser tudo o que se quiser, mas não é tão falho de juízo e de sabedoria que não dê a devida resposta a comportamentos indignos da democracia e de democratas.

Há uma história de todos conhecida, a da rã que queria ser do tamanho do boi, de tanto ar engolir rebentou, a moral da história é a de que ninguém pode violar a sua natureza.

A natureza política da candidata do PS a presidente da câmara de Odivelas é perversa, faz o mal por vingança e quer que se saiba que é ela que o faz.

O futuro do socialismo na Europa já teve melhores dias, os socialistas que se consideram como tal merecem melhores lideranças aqui ou em qualquer lugar.

A demência política dos Lideres só é um perigo para as pessoas quando permite que a Lei da selva se instale, mas é seguramente um verdadeiro desastre de graves consequências se esta demência alastrar a todo o país.