sábado, 17 de maio de 2008

O SENHOR DO CUBO MÁGICO

O Senhor Roubado e o Senhor do Cubo Mágico ficam os dois, por mais alguns meses, votos meus, na mesma larga praça a quem o primeiro dá o nome, e por extensão também apadrinha a nova estação de Metro que lhe dá garantias de perpetuar a fama de triste memória e pior proveito.


Na Regência pós Concelhia de Odivelas, a despida praça já foi senhora de grandes projectos, um dos mais ventilados, um túnel da calçada de Carriche até junto da entrada da ponte da ribeira, com papéis muito realistas e a cores a testar a vontade inabalável e realista de obra quase feita pelos políticos e decisores à época.

Segundo sei, foi o Metro quem tratou do embelezamento actual par dar um ar simpático à envolvente da sua magnífica obra de engenharia, justo mérito lhe era devido, diga-se em boa verdade.

Gastou o Metro mais uns trocos e a coisa escapou ás merecidas críticas do gritante contraste entre um símbolo do desenvolvimento e um aterro manhoso que, durante muito tempo e com a desculpa da tal obra, se foi mantendo, a realidade era bem outra (já não havia dinheiro para mandar cantar ninguém).

O progresso vai passando, o certo é que o pobre do Senhor Roubado (O Monumento não o Santo), fica cada vez mais enterrado, logo, menos visível e lugar de abrigo e depósito de sujidades várias.

Ora bem, é aqui que entra o Senhor do Cubo Mágico, como ainda não é Santo, mas já lhe são atribuídos alguns verdadeiros “milagre-zinhos”. Como aquele do milagre da multiplicação de empresas e de administradores para estar mais confortado com o espírito da Lei.

Sem rezas nem mesinhas, tarefa realizada antes do prazo (revela que não brinca em serviço) e diante de todo o mundo, Vereação Camarária, Assembleia Municipal, sociedade civil etc.

Mesmo que algum Juiz (de Direito) mais invejoso se meta no assunto e lhe queira trocar as voltas, confiamos nos seus superiores talentos e força anímica com que faz tudo em que se empenha, e é seu apanágio, (hábito para os menos letrados que eventualmente passem os olhos por este simples pedido) mande que desenterrem o pobre do seu infeliz vizinho, seguramente que este em seu eterno descanso o protegerá com o poder da sua santidade, caso os poderes terrenos, ou a sua Santa Padroeira se revelarem injustos para com sua douta pessoa.

Para reforçar a sua argumentação, permita-me o descaramento de lhe fazer uma sugestão, leia “O SENHOR ROUBADO A INQUISIÇÃO E A QUESTÃO JUDAICA” de Jorge Martins.

domingo, 4 de maio de 2008

O Capuchinho Vermelho foi a Caneças
passar o 25 de Abril


Há muito boas coisas na vida que não se explicam, são o que são, e quando acontecem provocam sempre reacções as mais das vezes opostas, dependem estas, como diria um psicanalista das repressões culturais ou sexuais, como afirmava Freud.

As reacções neuróticas ou histéricas são consequência – segundo o mesmo cientista – de
desejos inconscientes reprimidos, normalmente as fantasias de diversa natureza.

Creio ser uma introdução a propósito e apropriada da paródia e dos personagens que, segundo relatos vários, entrou em cena nas comemorações de Abril nesta pacata aldeia ruralista do nosso concelho.

Posso afirmar e mesmo testemunhar onde for de direito que os distintos presentes à cerimónia com origens partidárias – políticas é outra coisa – as mais diversas, são unânimes em afirmar que: o Capuchinho Vermelho marcou o início do protesto da indignação abandonando a sala como é seu costume quando as coisas não estão de feição. Sendo-lhe prestadas as devidas e solidárias indignações pela afronta aos bons e nobres actos do seu elevado carácter político por indigentes comediantes.

Que a velhinha da história, a Avozinha, foi lesta e protectora quanto baste da sua menina, pagando a conta e as favas se as houver. Para que se quer uma avozinha?

O Lobo Mau, como de costume, escondeu-se atrás da sombra da casa da floresta,
nem o Capuchinho Vermelho lhe pediu explicações ou lhe deu mostra de azedume,
e muito menos a Avozinha se “abriu” num aliviar de culpas, mais do que esparramadas.

Dos jornais, O Vendido de Odivelas, como não lhe tinham dado ordens claras, e como desconheciam o tema, fecharam-se em copas. O dinheiro fresco faz muito jeito à rapaziada, os tempos não permitem aventuras.

O jornal rival, a Ova de Odivelas e o Zé-Marmelo andam ás aranhas, estão atirando
em várias direcções, ora é o preço da coisa (vexame segundo o próprio), ora é o luxo da comezaina, com que a quase sempre ausente Avozinha brindou os distintos comensais.

Na realidade, o Marmelo gostaria era de saber quanto ganha o Zé-Vendido nas suas
elevadas funções de Vendido-Mor.

A Ova de Odivelas permitiu ao ex-Faquir de Odivelas, num rasgo de esclarecida táctica política, um monumental espalhanço ético e não só. Esqueça glórias passadas meu caro, neste xadrez o seu papel é o de torre, o que não é nada de deitar fora, o perigo só existe quando se mexe. Eu bem sei onde quer chegar, não vá por ai.

O Zé Marmelo em “Tutoria” avisa que está alerta com certos figurões que apelida de deputados (quem?) mas delira quando afirma que o povo votou neles e lhes depositou confiança, é um tratado em costumes, mas não contente, o novo Turquemada quer um rigoroso inquérito aos “acontecimentos” de Caneças.

O que acontecerá se não houver inquérito? O que fará o Ova de Odivelas? E se os deputados ofendidos votarem uma proposta de banimento da assembleia cada vez que o cavalheiro apareça?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A MINHA OPINIÃO DAS SONDAGENS

O pobre do actual P.M. não tem segredo algum, quanto muito terá, como qualquer um, quem goste dele ou não.

As sondagens são uma técnica de análise, e, vistas à lupa, permitem retirar imagens menos pacóvias do que as conclusões primárias para que são encomendadas.

O mercado das sondagens sofre os mesmos constrangimentos de qualquer produto ou serviço. É o cliente que determina o que compra e o preço que paga.

O nosso país tem presentemente dois/três homens com coragem, saber, discernimento e palco para dizerem algumas verdades que merecem ser citados: o Miguel Sousa Tavares, o Pacheco Pereira e o Joaquim Aguiar. Nenhum se norteia por sondagens.

Num seminário de sociologia que decorreu recentemente em Lisboa, envolvendo os crânios europeus mais ilustres e das melhores instituições, chegámos com espanto geral é certo, a uma brilhante conclusão sobre um estudo europeu e comunitário:
“Os europeus, nos questionários, invariavelmente opinam maioritariamente que nem sim nem não, é mais um talvez sim talvez não”.

Gente com certezas, positivas ou negativas, são uma forte minoria.

Para os analistas políticos foi um valente pontapé no caldeirão das poções mágicas.

SONDAGEM EXPRESSO EM 3 DE MAIO

“Apesar de toda a contestação, o Partido Socialista continua, a um ano das eleições legislativas, no limiar da maioria absoluta, e José Sócrates com um saldo de popularidade invulgar.

Este mês o PM volta a subir mais umas décimas estando quase nos 30%, sendo apenas ultrapassado pelo Presidente da República.

À esquerda do PS, PCP e BE mantêm a tendência de subida, atingindo – quando somados – 18,8% das intenções de voto. Já os partidos à direita dos socialistas – PSD e CDS/PP – reúnem 33,2% das intenções de voto, estando assim abaixo do resultado obtido nas últimas eleições legislativas.

No mês em que se demite e depois de conhecida a sua decisão, Luís Filipe Menezes obtém a sua maior subida e atinge o saldo positivo que lhe escapava há seis meses estando próximo dos 4%.

Por outro lado, Cavaco Silva regista a sua maior quebra na bolsa de popularidade, porventura resultado da condescendência com que tratou o presidente do governo regional da Madeira durante a sua recente visita à região.

O Presidente da República cai 7,4% em termos de popularidade podendo inferir-se deste resultado que, ao contrário da doutrina fixada por Jorge Coelho para o PS, quem não se mete com Alberto João Jardim, leva!
Que segredo terá José Sócrates para manter a sua popularidade tão elevada? Será mesmo que, para os continentais, elogiar Jardim é motivo de punição? \Se sim, que leva o líder regional a sonhar a liderança do PSD?”