sexta-feira, 27 de agosto de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

pode ser útil

A importância das Informações

1) A assimetria das informações, é a situação na qual uma parte (normalmente um "especialista") detém informações relevantes que a outra parte não tem, e usa estas informações em sua vantagem. Em alguns casos a assimetria de informações é resultado da simples sonegação de informações relevantes por parte do "especialista".
2) A assimetria das informações pode ser usada (e frequentemente o é) para gerar pressão na parte menos informada, normalmente através do uso de várias formas de "medo".
3) Na base de boa parte das fraudes existe uma situação de assimetria de informações onde o golpista detém informações relevantes que a vítima não tem (e infelizmente não busca, por ingenuidade, ganância, necessidade etc...), e se aproveita desta posição de superioridade para aplicar o golpe.
É um fato indiscutível que quem está melhor informado mantém uma vantagem estratégica considerável sobre seus adversários. O General Sun Tsu, na China de 2500 anos atrás, já sabia disso e por isso recomendava o uso extensivo de espiões para colectar sistematicamente maiores e melhores informações sobre o inimigo, antes de enfrenta-lo. Todos os grandes estrategistas depois dele também aplicaram este conceito de base. Julius César, Saladino, Maquiavel, Napoleão ... todos eles desenvolveram seus sistemas para conseguir estar sempre um passo a frente dos adversários no que dizia respeito as informações possuídas.
No caso dos golpistas não é diferente, os bons golpistas sempre procuram saber tudo o possível sobre suas vítimas, de preferência sem que estas percebam. Também costumam ser bem informados nos assuntos que irão enfrentar conversando com as vítimas, de maneira a manter permanentemente uma superioridade estratégica que lhe facilite alcançar seus objectivos.
Qual é uma das melhores armas que as potenciais vítimas tem para se defender desta estratégia? Obviamente fazer o mesmo, ou seja se informar e verificar tudo o que for proposto e conversado em encontros com pessoas desconhecidas. Aprofundar os assuntos, verificar as referências e não acreditar em qualquer pessoa, afirmação ou proposta somente porque parece "verdadeira". Tente sempre eliminar a "assimetria das informações" a favor dos golpistas, e enfrentar qualquer situação numa condição de "paridade de informações". In http://www.fraudes.org

sábado, 12 de junho de 2010

REFORMAR....mentalidades

aqui


Não são as percentagens de votos do BE e do PCP, juntamente com a má-consciência de esquerda do PS, que vão reformar o capitalismo internacional em nome dos amanhãs que cantam e que quase nos conduziram ao abismo. Portugal em contraciclo, não é o país mais à esquerda da Europa. É apenas o mais hipócrita e um dos mais injustos, pela falta de igualdade de oportunidades e de meritocracia...

Não é uma campanha eleitoral para a presidência que vai impressionar os eleitores que mais são contribuintes líquidos... Esses povos vão, pelo menos, exigir um quadro formal de austeridade igual aos que eles assumiram. Ninguém come ideologia...

A maior parte dos factores de poder da política à portuguesa já não são domésticos. E não apenas por causa das lojas dos trezentos com que muitos confundem a globalização. Com uma moeda supra-estatal, apenas temos de reconhecer que faltam poderes a esse novo centro para o cumprimento da respectiva função de moeda única...

sábado, 5 de junho de 2010

"É a vida Camarada"

CENSURADO PELO “DO”




Mais vale tarde que nunca. O bom do nosso primeiro Presidente de Câmara aparece em dia de primavera, quando já só acreditávamos que tal se passaria numa manhã de nevoeiro. D. Sebastião de triste memória há só um, e por ora não faz falta. Viva o comboio dos duros.

Normalmente correcta, reverente e formalista, a prosa começa simbolicamente com Sócrates em letra grande, mal feito fora qualquer outra forma menos respeitosa, e dá-lhe um ligeiro ar intimista quando termina com, “José” só para os amigos, como é óbvio.

O tema está mais do que gasto, a realidade ultrapassa o TGV quanto mais o comboio a lenha em que as notícias nos chegam. Tudo velho e lugares comuns. O futuro do país e o nosso, por arrastamento, está refém de um Presidente inenarrável, um primeiro-ministro como nunca existiu, uma classe política a que já nem os cães ladram.

É bem triste mas é o que o pântano dá.

TGVs e travessias do Tejo… é melhor que se pense em outra coisa. Quanto ao seu PS/ José Sócrates o destino é já ali. O povo, o eterno povo, vai fazer-lhe um despacho de mercadoria avariada devolvida à procedência, isto é, à Beira profunda em tarifa reduzida para que leve 100 anos a chegar ao seu último destino, lugar de onde nunca devia ter saído, para bem da Pátria e de todos nós.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Adormeci duas vezes a meio

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Li a entrevista que António José Seguro deu ao semanário "Expresso", na qual se declara pronto para ser o próximo secretário-geral do PS. Adormeci duas vezes a meio. Deve ter sido por estar num avião, em cima do Atlântico, a caminho de São Paulo. Ou não. As fotos são banais, o texto é entediante. O panegírico pretende-se como apresentação do homem que concretizará o pós-Sócrates que tantos desejam. Mas o género laudatório decepciona. Seguro não tem nada para contar. A vida é um deserto. As ideias têm rugas.

Filho da fábrica partidária, nasceu na JS, foi premiado com um lugar inócuo num governo, fez-se deputado. Não se lhe conhece um único contributo original, uma ideia nova, uma boa prestação numa empresa ou instituição. Em boa verdade, nunca trabalhou ou realizou algo profissionalmente relevante. Sempre viveu do partido e para o partido. Um género dos tempos. Deplorável.

Os anos foram-se consumindo em posições oportunas e oportunismos, em pequenos golpes e falsos conflitos, nessa trama gelatinosa de que se faz tanta da vida partidária. Um ou outro projeto lei, uma eleição aqui, uma conferência acolá. Nada de realmente importante. Tudo sempre muito ampliado pelos apaniguados e pelos que imaginam que à sua boleia irão conseguir qualquer coisa, um cargo, uma benesse, um pequeno nome. Por isso, quando na entrevista se pede que Seguro fale da sua vida, das aventuras, de algum momento marcante, não há nada para contar. Só uma total ausência de vida e de mundo.

Apesar disso, ou melhor dito, por isso mesmo, chegado aqui e já a rondar os 50, Seguro acha que está pronto para ser chefe. Não está. A entrevista é muito chata, mas pelo menos esclarecedora nesse ponto. Seguro não tem uma visão original sobre nenhum assunto. Limita-se a repetir lugares comuns. Para mais é um desânimo total, não entusiasma ninguém.

Sobre Portugal diz o que toda a gente diz, temos de crescer, reduzir o défice, gastar menos e melhor. Mas não revela como. Sobre o mundo nada diz. As poucas ideias que conseguem chegar, muito a custo, a letra de imprensa são velhas. Acena constantemente com a defesa dos pobres, tema piedoso e populista. Mas não tem nenhuma palavra motivadora para quem quer andar para a frente. Para os que sempre dão o seu melhor, nos bons momentos e nas crises.

Imaginando-se de esquerda, insiste nessa ideia de divisão social assente exclusivamente no rendimento. Ora hoje, para além deste, é a acessibilidade tecnológica que mais conta para uma alteração positiva das condições de vida.

E não falta, claro está, o apelo ao regresso dos grandes valores, dos grandes princípios, das grandes batalhas gloriosas. O que é natural, pois o vazio preenche-se invariavelmente com eloquência vã.

Quanto ao resto, nem uma palavra sobre a revolução tecnológica em curso, ou sobre o enorme salto que Portugal deu na última década neste domínio. Ao que parece já usa a Internet, mas só para se promover, nada mais. Nem uma palavra sobre as novas condições existenciais de todos nós, no contexto da Europa e da globalização. Nem uma palavra ainda sobre a necessidade de novas ideias e novas posturas políticas face à complexidade da atualidade, em tempo de poderosos meios de comunicação, da sociedade em rede e de imperiosa necessidade de criatividade e inovação. Nada de nada.

Enfim, Seguro é uma nulidade e não mereceria mais do que dó. Mas é também um perigo. Desde logo para o próprio PS que não é assunto meu. Sendo certo que uma vez terminado o ciclo de Sócrates a algazarra tomará conta do partido, à semelhança do que sucedeu no PSD, qualquer um tem a sua oportunidade. Até o porteiro do largo do Rato. Acontece, e isso já me interessa, que a escolha de Seguro não seria só um mau momento para o PS, mas um enorme atraso para o País.

Portugal já tem que chegue de conservadores e reacionários. De momento a única força política que tem visão de futuro, vontade e energia para fazer Portugal avançar, mesmo com todas as contrariedades, encontra-se no governo do PS. Se isso também terminar a depressão será total.
Por isso este meu artigo sobre um ser menor, não deriva de uma irritação extemporânea provocada pelo jet lag. Mas da convicção de que é fundamental que pelo menos um dos grandes partidos políticos se mantenha como motor de modernidade e avanço civilizacional. Como diz um amigo meu brasileiro: não temos tempo para a depressão.
Leonel Moura
Sexta, 21 Maio 2010


monopólio da inteligência pátria



Entre academias do bacalhau e dos pastéis de nata, nunca tantas foram as mesas de comensais e os estreitos círculos de comadres e compadres que, a si mesmos, se consideram como detentores do monopólio da inteligência pátria, a tal que eles reduzem à comenda e à honraria de lata...

Nunca tão poucos acumularam tantos altares, para nos comerem a papa, violando as massas com a vaidade e a inveja que os guindaram a papadores. Mas um país intelectualmente unânime numa reverência feudal já não será país, continuará gado engordado a caminho do talho da história...

Entre os presidentes de junta em funções, que dão nome a estádio, conselhos superiores que fazem estátutas, toponímia, comendas e quadros a óleo, a decadência pensa que se perpetua neste barroco dos papa-reformas e tachos, acumulando em vida, aquilo que que a lei da história nem em notas de pé-de-página registará. Aqui, Roma paga aos traidores!

Às vezes, o escorpião acaba por morrer com o seu próprio veneno...

posted by JAM

http://tempoquepassa.blogspot.com/

sábado, 15 de maio de 2010

“Peço Justiça”.

“Peço Justiça”. É com esta figura que se retrata como indigno e inútil o papel dos jovens advogados em oficiosas. É uma farsa de defesa, é certo, praticada por uns, aceite e consentida, e à vista de todos.

Como é possível uma sociedade que se pretende do primeiro mundo ter-se degradado a um nível tão miserável, que não respeita os mais desprotegidos da sociedade por debilidade económica e social. O conhecimento generalizado desta situação é agravado pela indiferença do responsável em primeira linha incumbido de contrariar que tais situações se perpetuem: o Estado. Mas este age da pior forma possível, permitir que se cometa uma injustiça é mais grave do que não fazer justiça, como ensina Cícero.

Citando-o, também afirmava - o homem, porque é dotado de razão pela qual compreende a relação de causa e consequência e pode estabelecer analogias, ligando e associando o presente e o futuro, compreende facilmente o curso de toda a vida, fazendo os preparativos necessários para a sua conduta. A grandeza de alma resulta de um espírito, pela natureza bem formado, não desejando submeter-se a ninguém, excepto àquele que estabelece as normas de conduta, ou é o mestre da verdade, ou que para o bem comum governa segundo a lei e a justiça.

É a partir destes dois elementos que se forja e se molda a honestidade.

Não há grandes mestres vivos, é certo, estão contudo perto de nós e disponíveis a ajudar, encontram-se em qualquer biblioteca, é com eles que podemos compreender o que fazer perante uma ideia pouco clara ou incompreensível, segundo a teoria do método de Descartes, devemos duvidar sempre em tais circunstâncias. Depois é só seguir o Mestre, verificar as evidências, analisar as unidades mais simples, agrupar as unidades estudadas num conjunto coerente e elaborar as conjecturas.

Assim como sábias são as suas palavras quando afirma que os homens são capazes dos maiores vícios e das mais nobres virtudes, e que aqueles que andam mais devagar podem chegar mais longe se seguirem sempre um direito caminho do que aqueles que correm e se desviam desse propósito.

Acredito vivamente na necessidade de mudança, prevenir e aprender com os melhores, preparar o embate do futuro, não devemos permitir que nos coloquem numa situação sem saída.

Seguramente em tal situação só nos restaria a humilhação de “pedir clemência”.