Há sempre um homem da mala à medida de uma qualquer “Líder”, cada qual escolhe o que quer, ou aproveita o que pode.
Regra geral, em Agosto cada um faz um pouco o que lhe apetece, o que não pode normalmente fazer durante o ano, por uma razão ou por outra, ou por várias.
Por mim confesso que melhorei a casinha com pinturas e outros mimos, em que trabalhos uma pessoa se aventura!
A idade, a nossa e as das coisas, não perdoa, e reorganizar é preciso e necessário.
Quando passeio o cão, por rotina e sem me dar conta, dou por mim no espaço urbano mais digno desse nome em Odivelas, na nova rotunda “Arnaldo Dias”. Possivelmente o gesto político mais digno dos nossos políticos em fim de mandato tenha sido o de dar o nome de um homem com obra feita neste concelho a um conjunto emblemático da “futura” Cidade.
É neste espaço de Odivelas, onde quase tudo se junta, o novo e o velho urbanisticamente falando mas não só, como veremos, que damos de caras com o espavento do “novo-rico” em forma de anúncio cinematográfico, campanha política do tipo império romano. Como a foto testemunha, temos vários cartazes vendendo o que podem, os dois mais imponentes são de duas mulheres políticas lado a lado. Felizmente para quem aqui mora, não disputam o mesmo cabaz de compras. Isto é, não são as duas candidatas a presidente desta câmara municipal. Seria o bom e o bonito. Se ambas mandassem colocar nas nossas barbas o mesmo número de gigantones.
Uma é do campeonato nacional, daí o facto de ter repartido o dinheirinho por outras paragens, a outra do concelhio, e para que saibam quem manda e quem pode, está em tudo o que é lado, começa a ter um efeito de assombração, mas nem por isso deixam de ser muito semelhantes.
Tirando a idade e os arranjos dos artistas pintores, com os retoques que tudo melhoram, o que poderemos observar de tão singularmente semelhante? Ambas são moralistas e exigentes, a mais nova despacha uma ideia feita “se conhece confia” quer facturar votos, atirando “se não confias não és de confiar”, apela à honestidade e gratidão de que se julga credora. Cada um transporta em si mesmo por mínimo que seja, um critério de justiça e como ninguém gosta de ser ingrato ou ignorante pode ser apanhado no truque. Esta candidata é muito “acertiva” e não falha nas suas ambições, vai fundo na manipulação do apelo escondido, é uma mestra “muito determinada” na arte de querer que lhe seja dado o que quer, julga que todos os golpes, uns mais baixos que outros, lhe são permitidos.
A mais ida nos anos lembra maternalmente “se não podes pagar, é teu dever avisar a quem deves”, o mais vulgarmente entendido por “quem não tem bois não promete carrada”, a cantilena é a mesma, uma “pessoa séria como eu”, impõe-se como conclusão, só pode estar de acordo. Quer o voto dos sérios, os que não prometem nada. Também os há por aí é bem certo, mas raramente em política .
Ambas têm em comum um homem da mala, a mais nova contenta-se com o da Mala Posta, um cavalheiro a quem chama Dr. Máximo, a sua magna invenção como gestor de tudo o que mexe politicamente para os lados do PS cá do burgo.
Convidou este homem a quem fez presidente da Mala Posta Empresa Municipal, (“muito bem posta”, atendendo a que esta tinha um orçamento semelhante ao subsidio financeiro que lhe atribuía como presidente de câmara, o que não é legal, como ficou provado pelo Tribunal de Contas), para seu Vice na lista e possível futuro na câmara, se não houver azar nas eleições. Mas pode ainda ficar como número um se a candidata resolver mudar de ares em caso de derrota, o mais provável e possível. Seria conveniente exibir publicamente o seu certificado de habilitação académica não vá o povo começar a espalhar o rumor de que ninguém ainda viu a legitimidade do reverente tratamento de Dr. Há quem o tenha reclamado, como a Lei obrigava, quando foi admitido ao serviço da ex-vereadora Graça Peixoto no anterior mandato, mas “népia”. A justiça tem mais que fazer e isso são só detalhes.
A mais velha de seu nome Ferreira Leite, Presidente do PSD e candidata a primeiro-ministro prefere “aquela máquina”, como é conhecido no ambiente partidário o “homem da mala cheia de notas”, de seu nome Ramos Preto, ex-deputado, que de recurso em recurso lá vai evitando os tribunais e possivelmente a prisão. Sem jeito algum que valha um caracol afirma que o dito cujo “já era deputado” quando tomou conta do “estaminet” (PSD) e o facto de ele estar a contas com a justiça “não é problema meu”, afirmou.
Parei aqui para ir ver os ciclistas a subir a Senhora da Graça. Como é gratificante poder ver, apesar dos “dopings”, que quem tem unhas é que toca guitarra. Só quando a política for feita de gente passada ao crivo do mérito “per si” teremos algum dia verdade, honra e dignidade em política.
Voltando ao tema das semelhanças entre estas duas senhoras candidatas, adiantaremos algumas, poucas mais, porque a lista é longa e não é meritória para a democracia.
A mais nova deu ao partido local, o PS, um tratamento de ralé, “isto é meu”, eu avoco eleições onde não ganha quem eu quero. Por mais que alguém berre ou impugne o seu abuso de poder, por ora na Jurisdição partidária, por corrupção no pagamento das quotas dos militantes nas últimas eleições para e em toda a concelhia. Qualquer coisa a rondar os 50.000 euros. Violando as Leis do partido e do país. Depois deste caso o PS reduziu o valor de 50% às ditas quotas, que são hoje apenas de um (1) euro mensal, o que vai facilitar a vida do caciquismo local, no mínimo com efeitos práticos em quem paga, seja lá este quem for.
A comissão jurídica distrital do partido ainda não deu resposta ao autor da impugnação e destas linhas. Possivelmente nem dará. O seu presidente, Mateus Roque, há mais de um ano que não conseguia organizar uma reunião com quórum, e quando finalmente este estava estabelecido, a má sorte de um A.V.C. não permitiu que se cumprisse a sua palavra de honra. Sei que já foi formada uma decisão pelo órgão, só não me foi ainda comunicada. Por mim, meu caro, melhora tranquilamente, o teu nome e passado nada têm a ver com os oportunistas deste calibre.
As “boas acções” da líder do PSD não se ficam por menos, mandou às urtigas a vontade política de algumas distritais assim como o candidato e “companheiro” que representa tanto como ela, cerca de 30% da vontade soberana dos inscritos no partido.
É o regresso do velho tempo do “quero posso e mando”, também não vai longe. O povo pode ser tudo o que se quiser, mas não é tão falho de juízo e de sabedoria que não dê a devida resposta a comportamentos indignos da democracia e de democratas.
Há uma história de todos conhecida, a da rã que queria ser do tamanho do boi, de tanto ar engolir rebentou, a moral da história é a de que ninguém pode violar a sua natureza.
A natureza política da candidata do PS a presidente da câmara de Odivelas é perversa, faz o mal por vingança e quer que se saiba que é ela que o faz.
O futuro do socialismo na Europa já teve melhores dias, os socialistas que se consideram como tal merecem melhores lideranças aqui ou em qualquer lugar.
A demência política dos Lideres só é um perigo para as pessoas quando permite que a Lei da selva se instale, mas é seguramente um verdadeiro desastre de graves consequências se esta demência alastrar a todo o país.
Sem comentários:
Enviar um comentário