sábado, 8 de março de 2008

O PODER DO DINHEIRO NAS ELEIÇÕES

No passado sábado, no expresso, José Seguro aborda este tema. Nestas eleições internas o poder vigente em Odivelas acordou tarde para a questão. Com a incompetência em cultura partidária habitual, sempre entretidos em pequenas e pouco dignas tramas politiqueiras, foi o pânico geral, não só tinham uma candidatura adversa como seria uma desonra ter um fraco nível de votação. Consta que a solução foi colocar dinheiro na resolução do problema, vários rumores afirmam que há pessoas disposta a dar testemunho de aliciamento nesse sentido. Com uma abstenção a rondar os 70% e acreditando não existir água benta na história, é permitida a seguinte reflexão. Votaram perto de 670 inscritos nos cadernos. Se o maior número destes não pagava quotas desde o segundo semestre de 2006 - data das últimas eleições internas – temos em valores redondos 600 x (2 euros x 18 meses) = 21.600 euros. Bonita maquia.

Consta à boca pequena entre os militantes normalmente credíveis que um valor aproximado foi apresentado nos serviços do partido. É a este último que se deve pedir esclarecimentos. Os estatutos são claros nesta matéria, o pagamento deve ser estritamente pessoal e individualizado. Se assim não foi, há motivo suficiente para a anulação das eleições. Estaremos perante uma violação grave dos estatutos. A credibilidade política do partido está em causa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece que adivinhava quando comentei sobre a podridão que vai neste PS de Odivelas, a oferta do pagamento de quotas aos militantes revela bem quem temos à frente deste Partido, não foi uma atitude pontual de necessidade ou de solidariedade, foi uma estratégia clara de compra dos militantes para se obter uma votação mais participada e um voto na lista dos todos poderosos, neste momento pode dizer-se que existem militantes ofendidos na sua dignidade e que estão dispostos a denunciar esta batota eleitoral. Mas a batota não fica por aqui, há ainda a considerar a origem deste financiamento e o que ele representa, mas isso fica para cada um de nós reflectir.